Inflação calibra juros nos EUA e o que mais você precisa saber para investir bem hoje

O mercado aguarda nesta sexta-feira (10) uma informação que ajudará a calibrar as perspectivas dos investidores para os próximos passos de política monetária nos Estados Unidos: os dados de como se comportou a inflação americana em maio.

Às 9h30, a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA (BLS) divulga o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) da maior economia do mundo no mês passado. A expectativa é de aumento de 0,7% na comparação com abril, e de um avanço do núcleo de 0,5%, o que representaria um leve recuo.

Os investidores estão preocupados com a possibilidade de que as pressões inflacionárias levem o Federal Reserve, o banco central americano, a realizar uma alta de juros demasiadamente  agressiva, o que poderia levar a economia americana a uma recessão no futuro.

Se a alta de preços no mês passado vier menor que o esperado, a avaliação do mercado será que o pico da inflação já passou, e que o Fed poderá pesar menos nos aumentos na taxa básica ao longo de 2022. Esse é um cenário que costuma ser positivo para ativos de maior risco e de países emergentes como o Brasil, já que os títulos públicos americanos perdem atratividade.

A ata da última reunião do Fomc, colegiado do Fed, confirmou a inclinação dos membros do comitê em manter o ritmo de alta de 0,50 ponto nos juros nas próximas dias reuniões.

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Varejo no Brasil

Por aqui, os investidores acompanham a divulgação de dados de abril do comércio. Às 9h, o IBGE informa a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) do mês retrasado, e analistas ouvidos pela Reuters esperam um leve aumento de 0,4% na comparação com março.

A informação dará ao mercado uma ideia do ritmo da atividade econômica no início do segundo trimestre. No início do mês, o IBGE informou que, impulsionado pela reabertura da economia e pelo desempenho de serviços, o PIB (Produto Interno Bruto) avançou 1% entre janeiro e março.

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Pacote para combutíveis

O pacote do governo federal para baixar os preços dos combustíveis também continua no radar dos investidores. Ao sair do Palácio do Planalto na noite desta quinta (9), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que vai definir no fim de semana se a casa começa a votar as medidas na próxima segunda-feira.

Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo não dará reajuste salarial aos servidores federais, que estão em paralisação por aumentos e melhorias na carreira.

Bolsas internacionais

À espera dos dados de inflação dos EUA em maio, os principais índices futuros americanos operam próximos da estabilidade na manhã desta sexta.

Por volta das 8h10, o Dow Jones caía 0,34%, o S&P 500 recuava 0,24% e o Nasdaq estava estável. No mesmo horário, o Euro Stoxx 50 perdia 1,84%, com o mercado europeu ainda repercutindo a sinalização do Banco Central Europeu de que iniciará o aumento dos juros da Zona do Euro a partir de julho.