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Quantas ações você deve ter em sua carteira?

Investidor deve pensar em diversificação do portfólio para mitigar os riscos e em capacidade para acompanhar as empresas

Foto: Shutterstock

Tem dúvidas sobre quais passos dar para deixar as contas organizadas ou está com algum receio em relação a determinado investimento?

Lidar com o dinheiro sempre suscita certa insegurança, mas com conhecimento é possível tomar a decisão mais inteligente para encarar o universo financeiro, seja na hora de investir, economizar ou se planejar.

E se precisar de uma ajuda, é só enviar sua pergunta para o e-mail redacao@trademap.com.br que a coluna TradeMap Explica vai esclarecer todas as suas dúvidas sobre finanças pessoais e investimentos.

Vou começar a investir em ações. Qual o número ideal de empresas para ter na carteira?

O investidor decide entrar no mercado de ações e precisa lidar com uma série de dúvidas sobre como montar a sua carteira. Uma delas é em relação ao número de empresas nas quais pretende investir – são mais de 400 com ações em negociação na B3.

A diversificação é essencial, mas um número elevado de papéis no portfólio pode dificultar o estudo de cada uma das teses de investimento, uma vez que o interessado terá um tempo limitado para fazer isso.

Na visão de analistas, um número em torno de 15 é adequado para um investidor pessoa física ter em carteira.

“É possível ter uma carteira ‘ótima’ ao ter mais que dez ativos e não mais que 15 papéis. Mas além da quantidade, o investidor precisa em procurar ações descorrelacionadas”, diz Lucas Carvalho, analista-chefe da Toro Investimentos.

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Imagine que esse investidor compre ações de dez empresas diferentes, mas todas elas sensíveis à variação dos juros, como de varejistas de eletroeletrônicos e construtoras. Em um ciclo de alta da taxa Selic, toda essa carteira hipotética poderá sofrer.

“Precisa diversificar e também pensar em descorrelacionar essa carteira”, explica Carvalho.

Na visão de Rodrigo Moliterno, sócio-fundador da assessoria Veedha Investimentos, uma pessoa física pode ter um número entre 10 e 12 empresas na carteira para começar, mas ele defende uma quantidade um pouco maior, de 15 a no máximo 20 ativos.

Para o especialista, uma carteira de ações no Brasil deveria ter entre 20 e 25 ações, mas essa é uma quantidade elevada para ser estudada e acompanhada por uma pessoa física. Esse número “ideal” tem como base a Teoria de (Harry) Markowitz, economista que aplicou um modelo estatístico para avaliar a melhor relação entre risco e retorno de um portfólio, o que inclui também o número de ativos.

Vale ter ações pagadoras de dividendos na carteira?

Moliterno destaca ainda que, para os investidores iniciantes, parte dessa carteira pode ser composta por empresas pagadoras de dividendos, em geral menos voláteis.

“Para o investidor que está iniciando, talvez ele se adapte melhor. Não vai tomar um susto logo no começo”, diz.

E antes mesmo de definir o número de ações, o investidor precisa escolher quais papéis fazem sentido para a sua estratégia. Se for baseada em rendimentos periódicos, fará sentido apostar mais nas empresas pagadoras de dividendos.

Paulo Battistella Bueno, gestor da Santa Fé Investimentos, conta que na gestora o objetivo é buscar ações que estejam em uma trajetória de desempenho acima do Ibovespa.

“Ao selecionar ações com essas características, o investidor já tira da frente eventuais armadilhas. O melhor é passar um filtro por setor [que esteja com bom desempenho] e, depois, por empresa”, diz.

Essa estratégia, por exemplo, difere daquela de investidores que buscam apenas ações que tiveram perdas expressivas, com a expectativa de que esses preços retornem à média.

Dos usuários do TradeMap que fizeram a sincronização da carteira nos últimos 30 dias, são dez as ações mais presentes no portfólio: Itaúsa (ITSA4), Banco do Brasil (BBAS3), Magazine Luiza (MGLU3), Weg (WEGE3), BB Seguridade (BBSE3), Petrobras (PETR4), Taesa (TAEE11), Energias Brasil (ENBR3), B3 (B3SA3) e Vale (VALE3).

Sobre o número de empresas a investir, o gestor da Santa Fé afirma que os fundos da casa possuem, em média, 35 ações., número inviável para uma pessoa física administrar.

“Eu teria pouco mais de dez, sendo duas ou três dos setores mais interessantes, que possuam trajetória de desempenho superior ao Ibovespa”, conta Bueno.

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