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Qual o momento certo para vender ações?

Hora da saída vai depender da estratégia do investidor e das mudanças de fundamentos que podem ocorrer com as empresas

Foto: Shutterstock/Thapana_Studio

Tem dúvidas sobre quais passos dar para deixar as contas organizadas ou está com algum receio em relação a determinado investimento?

Lidar com o dinheiro sempre suscita certa insegurança, mas com conhecimento é possível tomar a decisão mais inteligente para encarar o universo financeiro, seja na hora de investir, economizar ou se planejar.

E se precisar de uma ajuda, é só enviar sua pergunta para o e-mail redacao@trademap.com.br, que a coluna TradeMap Explica vai esclarecer todas as suas dúvidas sobre finanças pessoais e investimentos.

Qual é o momento correto para vender as ações da minha carteira?

O investidor começa a montar um portfólio de ações e, a medida que os papéis se movimentam, começa a questionar qual o momento melhor para vender: vale esperar o preço subir mais? É melhor resgatar apenas com um pouco de prejuízo? Devo vender tudo de uma vez? Ou compro e seguro o papel pelo longo prazo?

Assim como saber qual o melhor momento para comprar uma ação, identificar o momento da venda também faz parte do processo de investimento.

As dúvidas naturalmente são muitas. Já as respostas vão depender do início dessa história, que é a estratégia que o investidor traçou no momento da montagem da carteira.

“Toda pessoa que for colocar dinheiro em ações precisa ter isso em mente. Tem que ter uma clareza sobre a estratégia”, diz Sidney Lima, analista da casa de análise Top Gain.

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Lima dá como exemplo dois perfis de investidor: o de curto prazo (trader) e aquele que compra para carregar o papel por um período mais longo de tempo.

“O trader vai olhar só o preço e precisa definir o quanto o papel pode subir ou cair até ele sair [da aplicação]. Ele tem um alvo. Mesmo que tenha errado na escolha, limita o prejuízo”, explica.

Stop loss

O mecanismo para estabelecer a hora de vender é conhecido como “stop loss” (cessão de perda) e “stop gain” (cessão de ganho). Nesse caso, o investidor estabelece até quanto quer ganhar, como 10%, e o máximo que quer perder, que pode ser 5%, e faz ordens automáticas de compra e venda para quando esses limites forem rompidos.

Tudo isso pode ser feito dentro das próprias plataformas de negociação (home broker).

Já para um investidor de prazo mais longo, o objetivo pode ser a valorização pura e simples do papel ou também o recebimento de dividendos. Lima explica que a decisão de venda para quem tem um horizonte maior de tempo precisa ser tomada com vista nas perspectivas para a empresa: como é seu desempenho em relação aos concorrentes, o que se espera do setor e quais fatores macroeconômicos a influenciam.

Se algum desses parâmetros mudar, é hora de o investidor rever a carteira, mesmo que o papel ainda não tenha alcançado a valorização esperada ou, no pior dos casos, que o investidor já amargue algum prejuízo na operação.

Como exemplo, ele cita os acionistas que compraram os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) para fazer parte da carteira de dividendos, dado os gordos proventos que a estatal pagou nos últimos dois anos.

“Com a mudança de governo, a recorrência de dividendos pode não ser a mesma, ou seja, os fundamentos do investimento mudaram e essa ação pode não mais atender ao propósito do investidor”, diz.

Há ainda o caso da ação que está na carteira do investidor e performando bem. Faz sentido vendê-la? Em alguns casos, sim. Ela já pode ter chegado em um limite da valorização e sem fundamentos que justifiquem que o papel continuará a subir, segundo a análise traçada no momento da aplicação. Nesse caso, pode fazer sentido vender e aplicar os recursos em ações que ainda tenham espaço para valorização ou pagamento de dividendos, a depender da estratégia traçada.

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