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Coffee Break TradeMap: Conflitos entre China e EUA marcam os documentários indicados nesta semana

Gastronomia pelo mundo e problemas político-sociais nos EUA também estão entre as sugestões da coluna

Coffee Break TradeMap é um espaço destinado a mostrar que há vida para além do pregão. Livros, filmes e músicas também são essenciais para nos ajudar a alcançar mais conhecimento e a pensar melhor – e a relaxar, claro.

Quinzenalmente, a Agência TradeMap convida gestores, economistas, planejadores financeiros e outros profissionais do mercado para que compartilhem o que estão lendo ou assistindo e deem sugestões sobre obras que sejam consideradas essenciais para sua formação.

Confira as sugestões desta quinzena!

Assim como a literatura, o cinema é formado por diferentes gêneros e um deles é o documentário. Nessas obras, a prioridade é abordar acontecimentos e pessoas reais, refletindo o cotidiano ou um fato histórico na tela. Profissionais do mercado indicam documentários que abordam, de forma direta ou indireta, acontecimentos econômicos ou financeiros.

Marcelo Lara, gestor da Journey Capital

“The China Hustle”, com direção de Jed Rothstein

Reprodução china hustlePara ter um acesso mais fácil ao mercado acionário americano, empresas chinesas fazem fusões com companhias dos Estados Unidos e, dessa forma, conseguem realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Com capital e projetos promissores, as ações dessas empresas dispararam, ainda mais em um momento de excesso de liquidez nos mercados.

Parece uma história de sucesso, mas o documentário retrata uma série de fraudes contábeis que foram realizadas por companhias da China – e que posteriormente tornaram o ambiente mais hostil para empresas chinesas listadas nos mercados americanos. Jargões como “short-selling” também estão presentes no documentário, de uma forma compreensível para quem ainda não está familiarizado com os termos tão comuns no mercado financeiro. A obra também mostra que mesmo o selo de uma auditoria independente não livra o investidor de problemas em relação às demonstrações financeiras de uma empresa.

Josias de Matos, analista da Toro Investimentos

“Indústria Americana”, com direção de Steven Bognar e Julia Reichert

american factory reprodução O documentário retrata a crise econômica que atingiu os Estados Unidos em 2008 e o fechamento de uma fábrica da General Motors no Estado de Ohio, causando a demissão de 1,1 mil pessoas. Poucos anos depois, chega à cidade a Fuyao, fábrica de vidros chinesa, que contrata 2 mil trabalhadores, entre americanos e chineses.

Mais do que uma mudança de setor, a obra retrata diferenças nas relações trabalhistas, um contraponto entre o que seria o modo de produção dos Estados Unidos e o da China, as duas maiores economias do mundo. Parte dos operários da fábrica da Fuyao são ex-funcionários da General Motors, que para serem realocados aceitaram salários e condições piores, com jornadas mais longas.

O documentário explora dualidades para mostrar a degradação do ambiente de trabalho, refletida nos salários menores e na falta de equipamentos de proteção, e as diferentes culturas – os trabalhadores chineses, acostumados com extensas jornadas, acham os americanos “preguiçosos”. Disponível no Netflix, ganhou o Oscar da categoria em 2020.

Fernando Araújo, gestor da FCL Capital

“Chef’s Table”, com direção de David Gelb

reprodução

A série de documentários vai bem além da culinária, mostrando as diferenças culturais ao redor do mundo. O ponto de partida é a rotina de grandes chefs ao redor do mundo – o brasileiro Alex Atala está presente em um dos episódios.

Além do dia a dia desses profissionais, a obra mostra os desafios que enfrentaram para conseguir inovar na cozinha, seja com ingredientes considerados comuns ou que a um primeiro olhar seriam vistos como inadequados por romper com as tradições locais. E embora trate de culinária, a obra também retrata características que devem estar presentes entre empreendedores, como formação e especialização e persistência.

Sugestão Agência TradeMap

“13ª Emenda”, com direção de Ava DuVernay

reproduçãoO nome do documentário, disponível no Netflix, faz a alusão à 13ª Emenda da Constituição dos Estados Estados Unidos, que aboliu a escravidão no país. Mas a obra não retrata exatamente o momento histórico de 1863, mas, sim, as consequências políticas e sociais do segregacionismo presente no país. O ponto de partida é o sistema prisional. O trecho final da emenda que dá título ao documentário trata da abolição, “salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado”.

Com vastos dados sobre o sistema prisional, o documentário questiona a forte concentração de negros entre os encarcerados em um modelo em que há a previsão de trabalho não remunerado nas cadeias – boa parte, privadas.

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