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Vibra (VBBR3) dispara após saída de Wilson Ferreira afastar dúvidas sobre comando da empresa

Por volta de 12h40, a ação ordinária da companhia tinha alta de 5,70%, a R$ 17,05

Foto: Divulgação Vibra

A ação da Vibra Energia (VBBR3) apresenta uma das maiores altas entre os componentes do Ibovespa depois de o presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior, um executivo renomado e bem-visto pelo mercado, pedir demissão do cargo.

Por volta de 12h40, a ação da companhia tinha a sétima maior alta do índice, subindo 5,70%, a R$ 17,05. Na abertura, chegou a ser o papel que mais subia no Ibovespa. No acumulado do ano, porém, o preço da ação da Vibra ainda recua 25%, segundo dados disponíveis na plataforma TradeMap.

Em relatório, o Bank of America disse que a saída do executivo da Vibra vinha sendo cogitada pelo mercado há alguns meses. Com isso, o anúncio de hoje finalmente remove especulações sobre as ações.

“As ações não estavam tendo um bom desempenho com as especulações, pois ele foi o principal responsável pelas recentes aquisições, principalmente da Comerc”, diz o banco

Na avaliação do BofA, o próximo CEO será ator fundamental na definição do próximo caminho estratégico da Vibra. “Acreditamos que o mercado gostaria de um nome que ainda mantivesse a Vibra no caminho de transição, mas também aprofundando as eficiências potenciais a serem extraídas do atual negócio de distribuição de combustíveis”.

Mais cedo, o conselho de administração da empresa disse que Ferreira Junior informou o desejo de deixar a Vibra para “buscar novos desafios em sua trajetória profissional”.

Contudo, Ferreira não sairá imediatamente da empresa. A companhia afirmou que fará todos os trâmites necessários para a sucessão do CEO e que manterá o mercado informado sobre próximos passos.

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Ferreira Junior, como é conhecido no mercado, possui mais de 30 anos de experiência no setor elétrico. O executivo comandou a CPFL de 2002 a 2016, saindo antes de a empresa ser vendida para o grupo chinês State Grid, em 2017.

No mesmo ano, Ferreira Junior foi convidado pelo presidente Michel Temer para presidir a Eletrobras, cargo que ocupou até abril de 2021, quando foi convidado para assumir a Vibra.

Na empresa de combustível, sua passagem será marcada pela compra da Comerc, uma das maiores comercializadoras de energia do país, quando a companhia estava pronta para abrir o capital na Bolsa brasileira. A iniciativa pegou o mercado de surpresa.

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No último domingo (17), a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, havia informado que o executivo estaria negociando sua volta ao comando da Eletrobras.

Nesta quarta-feira (20), o jornal o Estado de S.Paulo afirmou que o retorno de Ferreira Junior vem sendo costurado pelos principais fundos investidores desde antes da oferta de ações que marcou a privatização da elétrica, com a iniciativa sendo capitaneada pelo fundo 3G, segundo fontes.

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No caso da Eletrobras, o analista da Mirae Asset, Pedro Galdi, acredita que a volta do executivo beneficiará a companhia, principalmente após a privatização, já que a empresa terá mais liberdade e poderá focar na rentabilidade.

A ação ordinária da Eletrobras subia 0,52%, a R$ 44,45, enquanto a ação preferencial tinha alta de 1,01%, a R$ 45,83.

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