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Vale (VALE3) inicia mais um ano como a ação mais recomendada para janeiro – veja ranking

Mineradora deve se beneficiar com retomada do preço do minério de ferro e reabertura da economia chinesa

Foto: Shutterstock/Diego Thomazini

Impulsionada pela recente recuperação do minério de ferro e diante das expectativas de reabertura da economia chinesa, a Vale (VALE3) inicia 2023 do mesmo jeito que começou e encerrou o ano passado: no topo entre as ações mais recomendadas pelos analistas.

Conforme a carteira de 11 corretoras consultadas pela Agência TradeMap, os papéis da mineradora seguem como a principal aposta para os investidores da Bolsa em janeiro, posição que defendeu ao longo do ano passado, período que registrou valorização de 24,4%.

Logo atrás está a ação do Itaú (ITUB4), outro nome frequente entre as principais indicações dos analistas e que novamente ficou com a segunda colocação. Em 2022, os papéis do banco registraram alta de 34,4%, beneficiados pelo ciclo de alta de juros pelo BC (Banco Central).

O pódio é completado pela ação da Prio (PRIO3), que subiu uma posição em comparação às indicações de dezembro de 2022. Os papéis da petrolífera dispararam 80% no ano passado, impulsionados pelo encarecimento do barril de petróleo em meio aos entraves da guerra entre Rússia e Ucrânia, que deve voltar aos três dígitos em 2023.

Completam as cinco principais indicações os papéis da Assaí (ASAI3) e Multiplan (MULT3), empatadas com cinco recomendações cada. A gigante do atacarejo perdeu uma posição em comparação ao top 5 de dezembro do ano passado, enquanto a rede de shoppings chega para tomar o lugar da WEG (WEGE3), que desta vez ficou fora da lista.

Vale (VALE3)

Os sinais de arrefecimento das medidas de restrições contra a Covid-19 na China e a recuperação do minério de ferro no mercado global mantiveram a Vale no topo das recomendações do BTG Pactual.

Além dos fatores macroeconômicos, o banco de investimentos também pontua a entrada da Cosan entre os principais acionistas da mineradora, que gera “potencial monetização da divisão de metais básicos como um potencial gerador de valor para os investidores de longo prazo”.

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Apesar de se mostrar mais cauteloso quanto o futuro da economia chinesa, o Safra mantém uma visão otimista para a empresa, principalmente pela expectativa de manter “níveis atrativos” para a remuneração dos acionistas.

“Adicionalmente, o prêmio de qualidade para o minério tende a se manter próximo do nível atual [US$ 6,6 por tonelada no terceiro trimestre] devido à busca por maior eficiência e elevados padrões ambientais das siderúrgicas”, informaram os analistas do banco.

Na mesma linha, o Santander espera que a “demanda por minério de ferro de alta qualidade continue decente no curto prazo”, o que deve beneficiar as operações da Vale.

Itaú (ITUB4)

A Guide Investimentos ressaltou a liderança do Itaú no mercado brasileiro, com ativos de R$ 2,3 trilhões em ativos no segundo trimestre de 2022 e 17% da fatia do segmento como um dos fatores para manter o banco na lista de indicações.

No terceiro trimestre de 2022, o lucro líquido do banco cresceu 6% na comparação com o mesmo período de 2021, para R$ 7,882 bilhões, acima da expectativa da casa, de R$ 7,880 bilhões.

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Mesmo tendo reduzido o preço-alvo de compra das ações do banco de R$ 32 para R$ 31 ao fim deste ano, o Santander também ressaltou a estratégia digital do banco e os benefícios que os projetos de tributação e juros atualmente no Congresso, além da aceleração do crédito e da retomada da economia mais rápido do que o estimado como fatores para continuar mantendo ações na carteira.

“Após 2023, a administração também observou que uma normalização das taxas de juros pode ser positiva para os clientes e, portanto, para a lucratividade do Itaú no longo prazo”, analisa o Santander.

Prio (PRIO3)

As ações da minipetro foram um dos destaques do Ibovespa no ano passado, impulsionadas pela disparada do barril de petróleo no mercado global devido às sanções impostas à Rússia, um dos maiores exportadores do mercado.

Para o BTG Pacutal, esse movimento de expansão, calçado em um histórico inteligente de M&As (fusões e aquisições) e uma estratégia comprovada pelo tempo, deve se manter ao longo dos próximos meses.

“A Prio está agora em uma posição única no setor brasileiro de óleo e gás: forte curva de crescimento da produção, espaço para reduzir ainda mais os custos (breakeven) e bem capitalizada, o que deve permitir aproveitar as oportunidades que ninguém mais pode no setor”, ressaltaram os analistas.

Também destacando o histórico de fusões da Prio, o Santander justificou a sua manutenção entre as recomendações pelo “foco na operação de campos e na maximização de esforços para prolongar a vida útil dos blocos que deve se beneficiar dos preços elevados do petróleo”.

Multiplan (MULT3)

A Guide destacou o modelo verticalizado da Multiplan, desde o planejamento até a administração dos seus ativos, como um dos trunfos da gestora de shoppings, além dos últimos resultados apresentados pela empresa, como receita líquida de R$ 456 milhões e Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 323 milhões, conforme dados do terceiro trimestre.

O Santander, por sua vez, ressaltou as inovações adotadas pela empresa, como formas diferentes de se comunicar com os clientes e um programa de fidelidade para a retenção e geração de dados.

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“Também avaliamos como positiva a iniciativa de investimento em startups, como a Startplan (hub com o objetivo de avaliar possíveis startups que possam representar riscos ou oportunidades para o negócio) e o MultLab (laboratório interno de inovação)”, explicaram os analistas.

Assaí (ASAI3)

Para o Safra, o modelo 100% focado em atacarejo do Assaí deve manter a melhor performance diante de outros formatos, já que oferece melhor custo e benefício aos usuários.

“Vemos a companhia muito bem posicionada para elevar a participação de mercado com a abertura de novas lojas e com o crescimento das vendas em mesmas lojas, enquanto a melhora da margem de lucro deve guiar a expansão de lucro por ação”, afirmaram os analistas.

O Santander ressaltou ainda que a empresa deve ser beneficiada pelas recentes medidas sociais do governo, principalmente o Bolsa Família de R$ 600, que deve alavancar o poder de compra da população.

“Considerando o momento atual, em que o consumidor está com seu poder de compra pressionado, e dado o alto nível de inflação nos últimos meses, em especial na categoria de alimentos, enxergamos o segmento de atacarejo bem posicionado, visto a competitividade de preços apresentada no formato”.

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