O valor médio por investidor aplicado no Tesouro Direto foi de R$ 6,3 mil em janeiro, um aumento de 13% em relação a dezembro, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (22). Já o número de novos investidores, de 640 mil no mês passado, teve queda de 27,3% na mesma comparação.
Apesar dessa redução em relação a dezembro, a comparação com janeiro de 2021 mostra forte avanço na quantidasde de novos investidores, com aumento de 69,5%.
O forte aumento na taxa básica de juros, a Selic, vem ajudando nesse interesse renovado no Tesouro Direto. Hoje, os juros básicos estão em 10,75% ao ano. O Banco Central começou a elevar a taxa em março do ano passado, quando estava no piso histórico, de 2% ao ano.
O número de investidores ativos na plataforma alcançou 1,8 milhão de pessoas no mês passado. Como acontece todos os meses, o resultado renovou o maior patamar da série histórica, iniciada em 2002, segundo dados do Tesouro Nacional.
De acordo com o órgão, foram realizadas 552,4 mil operações de investimentos em títulos do Tesouro, somando no total R$ 3,5 bilhões. Ao longo de janeiro, os resgates somaram R$ 2,4 bilhões, o que fez a emissão líquida totalizar cerca de R$ 1 bilhão.
As aplicações de até R$ 1 mil representaram a maior parte das operações (62,38% do total), e o valor médio por operação foi de R$ 6.342,02.

Tesouro Selic foi o mais demandado
O título mais demandado pelos investidores foi o indexado à taxa Selic (o chamado Tesouro Selic), cujas vendas somaram R$ 1,7 bilhão, ou seja, 50,42% do total. Esse peso caiu em relação a dezembro de 2021, quando a participação havia sido de 57,6%.
Já os papéis indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) totalizaram R$ 1,25 bilhão, o que corresponde a 35,71% das vendas – o percentual foi de 32,2% em dezembro -, enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) somaram R$ 484,36 milhões em vendas, o equivalente a 13,82% do total – o peso foi de 10,3% em dezembro.

De acordo com o Tesouro, nas recompras (ou seja, resgates antecipados) também predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 856,4 milhões (55,03%).
Vencimento até 5 anos representou 60% do total
Quando o assunto é prazo de vencimento dos papéis, a demanda dos investidores se concentrou nos títulos com vencimento entre um e cinco anos, cujo peso foi de 59,85% do total. Em seguida aparecem aplicações acima de dez anos, com participação de 12,90%, e entre cinco e dez anos, 27,25% do total.
