Tensão entre EUA e China e produção industrial em junho – veja o que importa hoje

Investidores ainda acompanham os balanços da Cielo (CIEL4), Iguatemi (IGTI11) e Engie Brasil (EGIE3)

Foto: Shutterstock

Os mercados internacionais recuam na manhã desta terça-feira (2) em reação à tensão geopolítica entre China e Estados Unidos, as duas maiores economias do mundo, em torno da visita da presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi, a Taiwan.

Apesar da ilha ter governo próprio e democrático, Pequim a considera como parte de seu território e, através de pressões comerciais e diplomáticas, evita que outros países reconheçam a área como nação independente.

A visita da parlamentar, que faz um tour pela Ásia e é crítica do governo chinês, deve ser a primeira de uma integrante do alto escalão do governo americano a Taiwan em décadas, e foi objeto de uma conversa entre os presidentes da China, Xi Jimping, e dos EUA, Joe Biden – o primeiro advertiu o segundo que permitir a visita é “brincar com fogo”. Já os EUA argumentam que Pelosi tem direito a visitar Taiwan.

Por volta das 8h, os índices futuros americanos recuavam em resposta à incerteza da situação. O Dow Jones estava em queda de 0,70%, o S&P 500 perdia 0,81% e o Nasdaq tombava 0,71%. No mesmo horário, o principal índice europeu, o Eurostoxx 50, caía 0,95%.

Lá fora, os investidores ainda acompanham a divulgação do relatório Jolts de junho, que será divulgado pela secretaria de estatísticas trabalhistas americana (BLS). O levantamento será divulgado às 11h e mostra a quantidade de novas vagas abertas nos EUA.

Produção industrial

Por aqui, nesta véspera de decisão sobre juros do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), o mercado está de olho nos dados sobre o comportamento da indústria em junho, que serão informados pelo IBGE às 9h.

Em maio, mesmo em um ambiente de inflação elevada, aumento de custos e falhas na cadeia mundial de suprimentos, a produção industrial brasileira conseguiu avançar 0,3%, a quarta alta consecutiva e superior à observada em abril.

A expectativa é de um recuo em junho, em uma prévia das dificuldades que o setor terá que enfrentar no segundo semestre: um ambiente de juros altos no Brasil e possibilidade de recessão global com o aperto monetário em economias de peso, como a americana.

Leia mais: 
Inflação e falta de insumos tiram fôlego da indústria, que deve sofrer mais no 2º semestre

A temporada de balanços também continua atraindo as atenções dos investidores. Após o fechamento do mercado, o mercado acompanha os resultados do segundo trimestre de Cielo (CIEL3), Engie Brasil (EGIE3) e Iguatemi (IGTI11).

De olho na Tradelive

Integrante da holding Simpar (SIMH3), a Vamos (VAMO3) é exceção no mercado. Ao contrário da maior parte das empresas que chegaram à Bolsa nos últimos três anos, a companhia conseguiu gerar valor aos acionistas: são mais de 70% de valorização das ações desde o IPO (oferta pública inicial de ações), realizado em janeiro de 2021.

Gustavo Moscatelli, CFO (Chief Financial Officer) da Vamos, explica os planos da companhia na TradeLive desta terça-feira (2). Clique aqui, acione o lembrete e envie suas dúvidas no chat.

 

 

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