Em um cenário de incertezas fiscais no Brasil e perda de ritmo da inflação nos Estados Unidos, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) e o Fomc (colegiado de política monetária do Federal Reserve) decidem nesta quarta-feira (1º) a nova taxa de juros das duas economias.
Em ambos os casos, as decisões já foram precificadas pelo mercado, mas o mercado estará de olho nos próximos passos, que podem ser indicados no texto da decisão, no caso brasileiro, e na entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell, no caso americano.
Por aqui, o Copom deve manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, ao mesmo tempo em que deve frisar suas preocupações com a política fiscal e com a escalada nas expectativas para a inflação. No último Focus, as projeções para o IPCA saltaram para 5,74% em 2023 e 3,90% em 2024.
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Nos Estados Unidos, as expectativas são que o Federal Reserve reduza o ritmo de aumento dos juros e eleve a taxa básica em 0,25 ponto, ao intervalo entre 4,50% e 4,75% ao ano. Apesar do passo mais lento do aperto monetário, Powell deve ressaltar as preocupações com a alta dos preços de serviços, que ainda rodam em patamares elevados.
Amanhã acontecem ainda os encontros de juros do Banco Central Europeu, que deve subir a taxa da zona do Euro em 0,50 ponto, e do Banco da Inglaterra.
Balanços de techs
O mercado ainda aguarda para hoje e amanhã os resultados do quarto trimestre de grandes empresas de tecnologia nos Estados Unidos.
Além do Fed, as atenções estarão voltadas hoje para os números da Meta (Facebook), que após o fechamento publica o seu balanço. Amanhã, é a vez de Alphabet (Google), Apple e Amazon soltarem seus resultados.
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Por volta das 7h, os índices futuros americanos operavam em queda: o Dow Jones caía 0,39%, o S&P 500 recuava 0,35% e o Nasdaq perdia 0,23%. No mesmo horário, o EuroStoxx 50 subia 0,24%.
Eleições no Congresso
Por aqui, os investidores acompanham ainda as eleições para a presidência da Câmara e do Senado, que acontecem nesta quarta-feira.
Apesar do nome de Arthur Lira (PP-AL) ser consenso para ganhar a presidência da Câmara, a dúvida no ar é sobre o comando do Senado, com o favorito Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disputando com Rogério Marinho (PL-RN), que é o candidato que representa os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e a oposição.