Sabesp (SBSP3): Após valorização recente, UBS BB deixa de recomendar compra e ação cai quase 5%

Estatal de saneamento acumula alta de cerca de 25% desde o início do ano

Foto: Shutterstock

Depois de a ação da Sabesp (SBSP3) ter acumulado valorização de cerca de 25% desde o início do ano, em meio a debates sobre uma possível privatização e ganhos de eficiência, o time de analistas do UBS BB deixou de recomendar a compra da ação, passando a classificá-la como neutra.

Apesar do corte na recomendação, Giuliano Ajeje e Guilherme Reif, analistas do banco, elevaram o preço-alvo da ação para R$ 60, de R$ 56 anteriormente. A mudança de preço, de acordo com relatório distribuído nesta quinta-feira (15), reflete mudanças nas projeções macroeconômicas e de reajustes tarifários.

Por volta das 14h desta quinta-feira (15), a ação era negociada em baixa de 4,53%, a maior queda do Ibovespa, cotada a R$ 48,92.

Para os analistas, apesar de o tópico de privatização estar surgindo em comentários de candidatos ao governo de São Paulo, o processo de desestatização de uma companhia é complexo e demorado. “Assim, não consideramos uma privatização em nosso cenário base”, diz o UBS BB.

O banco reconhece, no entanto, que uma privatização melhoraria a eficiência da companhia, principalmente em termos de despesas operacionais (Opex), que tendem a ser mais eficiente em players privados.

A título de comparação, o UBS BB estima que a Sabesp registre uma margem Ebitda média de cerca de 43% entre 2022 e 2023 – e que o múltiplo poderia chegar a cerca de 50% se a empresa deixasse de ser estatal.

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Mesmo sem uma privatização, porém, o banco acredita que a companhia pode ser capaz de melhorar sua rentabilidade.

Nas estimativas do banco, o Ebit (lucro antes de juros e impostos) da Sabesp gira, atualmente, cerca de 30% abaixo do Ebit regulatório, estipulado pelo órgão regulador do setor para a definição das tarifas.

Essa diferença de valores, segundo o UBS BB, está acima do nível histórico da companhia, que é de cerca de 22%, e a tendência é que volte a patamares normalizados.

“Acreditamos que há muito espaço para que a companhia diminua a diferença. Para cada ganho de R$ 1 bilhão de Ebit, estimamos uma mudança de R$ 12 por ação”, afirmam os analistas.

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