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Reajuste de combustíveis é bom para Petrobras (PETR4), mas pode apressar controle de preços, diz Morgan Stanley

Banco de investimentos se declarou surpreso com a magnitude do aumento

Foto: Shutterstock

O reajuste de preços dos combustíveis anunciado nesta quinta-feira (10) pela Petrobras é positivo para a estatal, mas ao mesmo tempo pode apressar o governo a futuramente implementar medidas de controle de preços ou tomar ações que prejudiquem a responsabilidade fiscal.

A avaliação é do banco de investimentos Morgan Stanley, cuja equipe apontou que “se surpreendeu” com a magnitude do aumento anunciado para a gasolina, diesel e gás de cozinha.

“Isso mostra compromisso com a política de preços, mas nos perguntamos quais podem ser as implicações macroeconômicas e políticas, dado o extenso debate e alternativas em análise para amenizar a alta de preços ao consumidor final”, apontou a instituição em relatório.

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Após 57 dias sem reajustes, a Petrobras anunciou na manhã de hoje que aumentará os preços de venda de gasolina e diesel a partir de amanhã. O valor do litro da gasolina vai subir 18,8%, para R$ 3,86, enquanto o do diesel passará a R$ 4,51 – aumento de 24,9%. O gás de cozinha subirá 16%.

“O aumento de preço fecha a maior parte da atual diferença com a paridade internacional”, apontou o banco. Apesar disso, a instituição financeira expressou preocupação com os potenciais efeitos colaterais nos cenários político e econômico.

“Estimamos que o impacto da alta de preços nas bombas será cerca de 7% para a gasolina e 12% para o diesel, assumindo que o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] se mantenha congelado”, afirmou o relatório. “Junto com o gás de cozinha, o impacto deve ser de 1,27 ponto percentual na inflação”.

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O risco, na avaliação da equipe do Morgan Stanley, é o governo acabar tomando ações futuras de controle de preços para amenizar o impacto na inflação.

“Apesar de essa ser uma ação positiva para a Petrobras, acreditamos que poderia também apressar o governo a tentar implementar medidas para controlar preços, o que futuramente poderia comprometer a estabilidade da política de preços da empresa ou prejudicar o cenário de responsabilidade fiscal.”

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