A Prio (PRIO3) apresentou, após o fechamento do mercado na última segunda-feira (31), seu resultado do período entre julho e setembro deste ano. Em linhas gerais, a petroleira superou as projeções de mercado para o terceiro trimestre.
O lucro da empresa avançou 542% na comparação anual, para US$ 153,73 milhões, deixando para trás as projeções que já eram fortes. A produção diária da Prio aumentou em 14.144 barris por dia, para 45.766 barris de óleo equivalente diários.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), uma aproximação do que foi a geração de caixa da empresa, atingiu US$ 286,30 milhões, num avanço de 174%. A margem Ebitda, que mostra a eficiência operacional, ficou em 76%, disparando 18 pontos percentuais.
Com isso, o montante em caixa mais do que dobrou na comparação anual, chegando a US$ 1,71 bilhão.
O que achamos
A proposta de valor da Prio, que consiste em cada vez maior eficiência na extração de óleo de campos maduros, vai de encontro com sua entrega de resultados, até mais do que o esperado.
Ao longo do último ano, o lifting cost (custo de extração) ficou na casa dos US$ 11 por barril, mas no terceiro trimestre deste ano caiu para US$ 9,5 (o menor da história da empresa). Mesmo que o preço médio de venda do Brent tenha caído ante o segundo trimestre, a empresa segue superando as expectativas.
Isso porque a empresa tem elevado sua produção, o que mitiga custos, despesas e arrefecimento do preço da commodity.
O Campo de Frade, o principal ativo da empresa, foi o maior contribuidor para o aumento do volume, onde cresceu 71% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, devido ao início de operação dos poços ODP4 e MUP34 em julho e agosto de 2022.
A expectativa é que essa tendência seja perpetuada, principalmente com novos negócios, como a compra da Dommo (DMMO3) – com caixa cheio e alavancagem negativa.
Como a ação da Prio deve reagir
As ações da Prio devem ter um dia positivo na Bolsa brasileira, não somente pelo ótimo resultado mas também por conta de uma alta de mais de 2% do Brent nos futuros desta terça-feira (1). Os papéis da companhia operam próximos da máxima de 52 semanas.