A Tenda (TEND3) apresentou, após o fechamento do pregão na última sexta-feira (14), sua prévia operacional do terceiro trimestre deste ano.
A companhia, que foca na habitação popular no Brasil, mostrou um aumento no preço médio de venda bruta no período entre julho e setembro, se comparado ao mesmo intervalo de 2021. Cada imóvel da Tenda foi vendido por R$ 185,5 mil, o que representou uma alta de 19,6% em um ano.
A VSO (Venda sobre Oferta), também chamada de velocidade de vendas, caiu 15,5 pontos percentuais em 12 meses, para 23,9%. As vendas líquidas somaram R$ 489,3 milhões, recuo de 36,5% ano contra ano.
Durante o terceiro trimestre, a Tenda lançou cinco empreendimentos, com VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 376,2 milhões.
O que achamos
O top-line da companhia ainda mostra números muito pressionados pela contração da demanda e custos elevados, mas a Tenda escolheu absorver os trimestres ruins e pavimentar uma retomada no médio prazo.
Os menores volumes lançados no terceiro trimestre demonstram a estratégia da companhia em recompor preços e sustentar margens, ao passo que a dinâmica da política monetária no Brasil é arrefecida.
Enquanto estanca a sangria da perda de eficiência, a Tenda investe em solidificar seu banco de terrenos, que totalizou R$ 13,9 bilhões ao fim de setembro, número 14,2% maior em um ano. Atualmente, 46% do landbank da empresa vêm de permutas.
Como as ações da Tenda devem reagir
Os papéis da Tenda ainda podem continuar sofrendo com a dinâmica contrária à construção civil – embora o fim da alta da Selic mostre uma melhora no horizonte. Nos últimos 12 meses, as ações da companhia recuaram 64,4%, segundo dados do TradeMap.
Entretanto, a estratégia de recomposição de margens por parte da direção da Tenda é positiva e deve ser avaliada pelos investidores.
O mercado futuro aponta para dia positivo, com o Ibovespa futuro subindo cerca de 0,90% antes da abertura das negociações à vista.