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Nubank (NUBR33) chegará a 2026 com 100 milhões de usuários e US$ 4,5 bi de lucro, estima UBS

UBS estima que Nubank terminou 2021 com lucro líquido ajustado de US$ 17 milhões e prevê que lucratividade só deve crescer nos próximos anos

Nubank (NUBR33). Foto: Divulgação

Desde que o Nubank começou a sinalizar que faria um IPO, o ponto que mais levantou discussões entre investidores e analistas foi o real potencial da empresa de ser lucrativa. Ao se tornar popular a partir de produtos gratuitos, como um cartão de crédito sem anuidade e uma conta de pagamentos sem tarifas, a fintech tem operado no prejuízo desde a sua fundação, em 2013.

Mas quem aposta no sucesso do Nubank acredita que operar no azul é uma questão de tempo para a maior fintech do País. Para os analistas do banco suíço UBS, aliás, o lucro já é uma realidade.

Em relatório distribuído nesta segunda-feira, dia 3, no início da sua cobertura do Nubank, a instituição estima que a fintech terminou 2021 com lucro líquido ajustado de US$ 17 milhões, após um prejuízo de US$ 172 milhões em 2020. O resultado oficial, porém, ainda não foi divulgado.

Pelas contas do banco, a lucratividade só deve crescer nos próximos anos, saltando para US$ 38 milhões em 2022 e US$ 231 milhões em 2023. Daí em diante, os números seriam bilionários: US$ 1,28 bilhão em 2024, US$ 2,8 bilhões em 2025 e US$ 4,5 bilhões em 2026.

As estimativas do UBS passam pela expansão e pelo perfil da base de clientes do Nubank. Hoje, a fintech tem 48 milhões de usuários. O banco suíço estima que o total pode dobrar ao longo dos próximos cinco anos, para 100 milhões em 2026, dos quais 80 milhões no Brasil, 15 milhões no México e o restante na Colômbia.

O UBS ressalta que os três maiores bancos do Brasil – Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil – já contam com mais de 80 milhões de clientes, segundo dados do Banco Central (BC). O UBS assume que o Nubank terá 45% de penetração entre adultos Brasil e 15% na Colômbia.

Para os analistas do banco suíço, não só a base do Nubank será maior, como cada cliente deverá usar mais o aplicativo. Nas estimativas do UBS, a receita média da fintech por usuário ao mês deve ser multiplicada por quatro, saindo de US$ 4 no nível atual para US$ 16 em 2026.

No entanto, ainda ficaria abaixo da média dos bancos de varejo no Brasil, de US$ 30 por cliente, segundo o UBS. No México, o piso é de US$ 20 por cliente.

Para o banco suíço, a expansão da receita média por cliente do Nubank será impulsionada pelo amadurecimento da base de clientes, pela implementação de novos produtos (como empréstimos para pequenas e médias empresas e serviços de pagamentos para negócios) e a expansão de serviços para pessoa física, como cartão de crédito, seguros, investimentos e empréstimos.

“O próprio perfil da receita média por cliente deve mudar, à medida que os empréstimos para empresas crescem ao longo do tempo”, afirmam os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Rayna Kumar.

Diante desse cenário, o UBS recomenda a compra do papel do Nubank. O banco suíço estima um preço-alvo de US$ 12,50 para a ação negociada em Nova York. No último pregão, o papel encerrou cotado a US$ 9,40. Por volta das 12h50, a ação subia 4,8%, a US$ 9,83.

Segundo os analistas, o valor de mercado do Nubank é 22 vezes maior que a estimativa de vendas para 2022. Essa proporção deve cair para três vezes em 2026, estima o banco.

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