Mercado reage a falas de Lula e aos balanços de Vale (VALE3) e Renner (LREN3) – veja o que importa hoje

Foto: Shutterstock/Isaac Fontana

Em dia de agenda fraca para dados macroeconômicos, o mercado reage nesta sexta-feira (17) aos balanços divulgados na noite de ontem, como da Vale (VALE3) e da Renner (LREN3), e a comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista à CNN Brasil.

À rede de notícias, Lula disse que pretende reavaliar a autonomia do Banco Central ao fim do mandato do atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que chefiará a instituição até o encerramento de 2024.

O critério para manter a autonomia, segundo Lula, será o desempenho da economia. Se for melhor do que na época em que o governo tinha mais influência sobre a autoridade monetária, o presidente da República disse ser favorável a um Banco Central mais autônomo.

O presidente da República também disse ser favorável ao diálogo com o Banco Central, seja via o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ou diretamente entre ele e Campos Neto.

Na entrevista, o presidente também afirmou que embora reconheça a importância do mercado financeiro, seu objetivo no governo é recuperar o bem-estar social. Também disse que o receio de piora das contas públicas é infundado, dado o histórico de disciplina fiscal de seus dois governos anteriores.

Os investidores acompanham ainda a divulgação, às 10h, da Sondagem da Indústria do Comércio, que será publicada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Bolsas gringas

Lá fora, os olhares estarão voltados para o discurso do presidente do Federal Reserve (banco central americano) de Richmond, Thomas Barkin, que deve apresentar sua visão sobre os desafios à frente para a inflação americana.

Ontem, a secretaria de estatísticas trabalhistas americana (BLS) informou que a inflação ao produtor (PPI) avançou 0,7% em janeiro, bem acima dos 0,4% esperados pelo mercado, informação que desanimou os mercados.

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O temor é que o Fed seja obrigado a deixar os juros americanos altos por mais tempo, como forma de conter a alta de preços e um mercado de trabalho ainda aquecido.

Por volta das 8h25, os índices futuros americanos operavam em queda. O Dow Jones caía 0,6%, o S&P 500 recuava 0,8% e o Nasdaq tinha baixa de 1,11%.

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