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Maioria dos gestores vê dólar abaixo de R$ 5,10 no fim do ano, aponta BofA

61% continuam otimistas com a Bolsa, vendo o Ibovespa acima de 120 mil pontos em dezembro

Foto: Shutterstock

Os gestores de fundos estão mais otimistas com o real, e a maioria deles (70%) espera uma taxa de câmbio igual ou abaixo de R$ 5,10 no fim do ano, aponta pesquisa conduzida pelo Bank of America (BofA) com gestores de fundos na América Latina. Na edição anterior, este percentual era de 23%.

A moeda brasileira acumulou alta de 9% no ano em relação ao dólar, até 14 de março. Do total de participantes do levantamento mais recente, apenas 23% veem o real abaixo de R$ 4,80 ao fim de 2022.

Com a mudança das expectativas de inflação em função de choques externos com a guerra na Ucrânia, a maioria dos gestores (80%) agora espera uma taxa Selic maior que 12% em dezembro deste ano. Na pesquisa de fevereiro, menos da metade dos participantes (40%) via a taxa básica de juros acima desse patamar.

Gestores continuam otimistas com a Bolsa

Mesmo atentos a níveis mais elevados de juros, a pesquisa de março mostrou que os gestores continuam otimistas com a Bolsa: 61% deles veem o Ibovespa acima de 120 mil pontos no fim do ano, contra 57% na pesquisa anterior.

O Ibovespa fechou esta terça-feira (15) em queda de 0,88%, aos 108.959 pontos.

Empresas de valor (que são mais maduras), de alta qualidade e exportadoras permanecem entre as preferidas dos gestores na Bolsa. A maioria dos participantes (54%) está com posição acima da média no setor de materiais básicos, 38% têm exposição acima da média em energia e 38%, no setor financeiro. Similar à pesquisa anterior, 85% dos gestores acreditam que os estímulos na China devem levar a uma alta dos preços das commodities em 2022.

O nível de caixa dos gestores, contudo, está no nível mais alto desde o início da pesquisa, em 2018, alcançando 7% em março, contra 5,5% em fevereiro, assim como a busca por proteção em ativos.

Os eventos políticos na América Latina e geopolíticos, como o conflito da Rússia com a Ucrânia, foram citados pelos gestores como os principais riscos.

O choque inflacionário foi mencionado como o impacto mais relevante para a América Latina do conflito na Ucrânia.

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