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Lula confirma aumento do salário-mínimo e da faixa de isenção do IR e Ibovespa acentua queda

Aumento da isenção do IR resultará em perda de arrecadação

Foto: Shutterstock/Mehaniq

O Ibovespa, principal índice de ações da B3, acentuou o movimento de queda observado desde a abertura do pregão após a CNN Brasil noticiar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o aumento da faixa de isenção do IR (Imposto de Renda) e a elevação do valor do salário-mínimo.

Segundo a CNN Brasil, em entrevista ao canal, Lula disse que o valor do salário-mínimo vai aumentar de R$ 1.302 para R$ 1.320, e que a faixa de isenção do IR passará a ser válida para quem recebe até R$ 2.640 mensais. Hoje, o teto para a isenção é de aproximadamente R$ 1.904 mensais.

A notícia sobre o aumento do salário-mínimo vinha circulando desde o início do ano e já havia sido divulgada mais cedo por outros veículos, mas a adoção da nova faixa de isenção do IR já neste ano pelo governo é novidade. Lula também disse à CNN que o governo tentará aumentar a faixa de isenção para R$ 5 mil nos próximos anos.

Antes da publicação da notícia, por volta das 11h15, o Ibovespa recuava 0,6%, para 108.971 pontos. Após a publicação da reportagem da CNN Brasil, a queda se aprofundou, com o índice recuando 1,1% na mínima do dia, a 108.398 pontos.

Nas contas do Sindifisco, o sindicato dos auditores fiscais da Receita Federal, a faixa de isenção deveria ser válida para contribuintes que tenham renda tributável mensal de até R$ 4.683,95. Neste patamar, a tabela do IR eliminaria toda a defasagem em relação à inflação.

A correção da tabela, porém, resultará necessariamente em queda da arrecadação do governo.

De acordo com o Sindifisco, se a tabela fosse corrigida pela inflação, o número de contribuintes isentos do imposto subiria de 11,14 milhões para 23,93 milhões, e o governo perderia cerca de R$ 100 bilhões em receita.

A perda de arrecadação é um elemento de preocupação para os investidores, que temem a possibilidade de piora no resultado das contas públicas e o potencial aumento das taxas de juros como efeito secundário da deterioração no quadro fiscal.

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