Lucro da BB Seguridade (BBSE3) deve surpreender no 4º tri e somar quase R$ 2 bi, diz Goldman

A BB Seguridade (BBSE3) – holding dos negócios de seguros do Banco do Brasil – deve surpreender positivamente o mercado quando divulgar o balanço referente ao quarto trimestre no início do ano que vem.

A companhia, que já teve números prévios da operação publicados para os meses de outubro e novembro, pode chegar a ter um lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no último trimestre do ano, segundo cálculo feito pelos analistas do Goldman Sachs, com base nos resultados apresentados para os dois meses concluídos até então.

Os números preliminares da BB Seguridade foram divulgados ontem pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que regula o setor e publica mensalmente os resultados das empresas.

Em novembro, a BB Seguridade emitiu R$ 1,2 bilhão em prêmios, que representam o que os clientes segurados pagam recorrentemente às seguradoras. É o equivalente à receita da empresa.

O volume corresponde a uma alta de 32,5% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado de 2022 até novembro, trata-se de um aumento de 31%, acima da projeção feita pela companhia para o ano todo, de 25% a 28%.

Em conta que considera esses números atualizados, o Goldman Sachs estima que a BB Seguridade terá lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no quarto trimestre, 12% acima da projeção do próprio do banco e 10% a mais que o consenso das previsões compiladas pela Bloomberg.

A estimativa, se confirmada, seria um avanço de 45% em relação a igual trimestre do ano passado e de 8% em comparação ao trimestre anterior.

Os lucros da BB Seguridade são acompanhados de perto pelo mercado porque a empresa costuma distribuir a maior parte dos seus ganhos em dividendos aos acionistas.

No início de novembro, a BB Seguridade disse que tinha caixa livre suficiente para distribuir aos acionistas, em forma de dividendos, 100% do lucro líquido que a empresa deve gerar no segundo semestre.

De julho a setembro, a BB Seguridade teve lucro líquido de R$ 1,6 bilhão, número 69,7% maior que o de igual período do ano passado. No negócio de seguros, a holding tem R$ 1,8 bilhão em caixa livre para distribuir, disse à época o CFO da empresa, Rafael Sperendio. Na corretagem, há cerca de R$ 2 bilhões.

A companhia não dá uma projeção para o lucro do quarto trimestre, mas é improvável que o montante já em caixa não seja suficiente para cobrir todo o lucro do segundo semestre.

A empresa, contudo, ainda não sabe se vai ou não distribuir 100% do lucro. A decisão cabe ao conselho de administração, que normalmente aprova a distribuição de dividendos na última reunião do ano. “Mas nós temos caixa livre para distribuir a totalidade do lucro”, reiterou o executivo à época.

Em relação ao primeiro semestre, a BB Seguridade distribuiu cerca de 80% do lucro. À época, a empresa disse que a expectativa para o segundo semestre era distribuir uma parcela maior e que, em razão de incertezas de mercado, “bastante capital” estava sendo retido.

“Hoje não temos nenhuma incerteza significativa e faltam apenas dois meses para o fim do ano”, disse o CFO em novembro.

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Por volta das 13h, as ações da BB Seguridade subiam 0,24%, a R$ 33,33. O Goldman Sachs tem uma posição neutra em relação à ação da empresa, com preço-alvo de R$ 32.