Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e BB (BBAS3) puxam aumento de R$ 166 bi do valor de mercado das empresas da B3 em agosto

Valor de mercado das instituições financeiras cresceu R$ 77 bilhões em agosto; mineradoras foram na contramão

Foto: Shutterstock

Entre as cinco empresas listadas na B3 com maior valorização de mercado em agosto, quatro são instituições financeiras. É o que aponta o mais recente levantamento realizado pelo TradeMap.

Ao todo, as 342 empresas de capital aberto listadas na Bolsa tiveram, juntas, alta de R$ 166,2 bilhões no valor de mercado no oitavo mês do ano. O avanço acompanhou a alta de 6,16% no Ibovespa, principal índice da Bolsa, no período.

Quem lidera o ranking é o Itaú Unibanco (ITUB4), que acumulou um crescimento de R$ 20 bilhões, seguido pelo BTG Pactual (BPAC11), com avanço de R$ 17,8 bilhões, e Banco do Brasil (BBAS3), com alta de R$ 16,3 bilhões. Na quarta posição está o Bradesco (BBDC4), que viu seu valor de mercado crescer R$ 15,5 bilhões.

O Santander Brasil (SANB11), apesar de estar entre os cinco maiores bancos brasileiros, figura na 13ª posição entre as companhias que tiveram maior valorização no último mês – o aumento foi de R$ 4,4 bilhões.

Segundo Jader Lazarini, analista CNPI do TradeMap, a ordem das valorizações em agosto acompanhou o desempenho das instituições financeiras no segundo trimestre, em balanços divulgados ao longo do mês.

“O mercado se divide entre os bancos que tiveram o melhor desempenho: Banco do Brasil ou Itaú. Ambos bateram as expectativas do mercado em lucro e rentabilidade, mantendo a inadimplência sob controle”, comenta.

“Do outro lado, o Santander teve um resultado aquém das expectativas, com alta exposição a pessoas físicas na carteira de crédito.”

O Magazine Luiza (MGLU3) foi o quinto colocado, de acordo com o levantamento. A rede varejista viu seu valor de mercado crescer R$ 11,3 bilhões, partindo de R$ 17,2 bilhões, no final de julho, para R$ 28,5 bilhões, ao final de agosto. O avanço veio acompanhado de uma valorização de 56,99% nas ações da companhia.

Veja o ranking completo:

Quem mais perdeu valor na B3

Entre as 20 empresas com maiores quedas no valor de mercado, 15 tiveram recuo superior a R$ 1 bilhão. A Vale (VALE3) lidera essa lista com um recuo de R$ 24,1 bilhões, passando de R$ 320,2 bilhões no final de julho para R$ 296,1 bilhões em agosto.

Na sequência, estão Telefônica Brasil (VIVT3), a dona da Vivo, com queda de R$ 5,8 bilhões, e a Suzano (SUZB3), com baixa de R$ 5,4 bilhões.

No caso da Vivo, mais uma vez as expectativas não atingidas para os resultados do segundo trimestre fizeram preço.

“O balanço da companhia ficou consideravelmente abaixo do esperado, com queda de 44,6% no lucro líquido. Não obstante, o resultado líquido da Vivo foi beneficiado pela deliberação da distribuição de JCP, diminuindo a a alíquota de impostos efetiva”, comenta Lazarini.

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Veja o ranking das baixas:

Desempenho por setor

O estudo mostrou que o setor de intermediários financeiros – que inclui os grandes bancos brasileiros – foi o que teve o melhor desempenho em termos de valorização. Como um todo, o grupo, que possui um total de 24 companhias na B3, teve uma valorização de mercado de R$ 76,7 bilhões, saindo de R$ 745,8 bilhões para R$ 822,6 bilhões entre julho e agosto.  

O segundo setor com maior crescimento foi o de comércio, que registrou avanço de R$ 22,0 bilhões – de R$ 94,0 bilhões para R$ 115,9 bilhões. O grupo conta com empresas como a Magazine Luiza, a Americanas (AMER3) e a Petz (PETZ3). 

Dos 34 subsetores considerados, somente oito fecharam o mês de agosto com recuo de valor de mercado. Mineração foi o que registrou maior queda, com R$ 22,3 bilhões, seguido por madeira e papel, com redução de R$ 6,9 bilhões, e telecomunicações, com recuo de R$ 6,6 bilhões. 

O levantamento considerou os subsetores com ao menos três empresas. As demais companhias foram reunidas no grupo outros. A única exceção ficou por conta do subsetor de bebidas que, apesar de ter a Ambev (ABEV3) como sua única representante, possui um peso significativo na Bolsa brasileira – trata-se do quinto maior subsetor em valores absolutos.  

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