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Ibovespa se descola do exterior, com leve alta, e Petz (PETZ3) se recupera de perdas

Com o Ibovespa operando perto da estabilidade, petroleiras caem em meio à tensão na Ucrânia

B3/Divulgação

O conflito protagonizado por Ucrânia e Rússia, que trouxe uma onda de cautela nos investidores dos mercados internacionais, chegou por aqui como uma marolinha.

Em dia de “sobe e desce” ao longo da manhã desta segunda-feira (14), o Ibovespa operava perto da estabilidade por volta das 13h, com alta de 0,13%.

A maior alta fica por conta da empresa do mercado de pet-shops Petz (PETZ3), que sobe 7,44%. O avanço ocorre como um movimento de recuperação após as perdas dos últimos quatro pregões.

Entre as empresas que operam em alta, nenhum setor sobe em bloco. Seguem a fila puxada por Petz a Americanas (AMER3), que subia 4,46%, e o Banco Inter (BIDI11), que apontava em 4,53% para cima.

A maior queda do dia fica por conta dos papéis preferenciais de Petrobras (PETR3), que recuavam 2,61%. Se na última sexta (11) o possível conflito entre Rússia e Ucrânia fez com que as ações das petroleiras subissem por aqui, o movimento é de queda nesta segunda.

“Do jeito que a tensão está, não parece que irá diminuir no curtíssimo prazo. Isso pode aumentar a volatilidade desses ativos nos próximos dias”, espera o sócio da Legend Investimentos, José Simão.

Os papéis ordinários de Petrobras (PETR4) figuravam entre as maiores quedas da B3 e recuavam 2,43%. Já a 3R Petroleum (RRRP3) caía 1,65%.

A divulgação do Boletim Focus também mexe com os investidores no início desta semana. A publicação do Banco Central, que contém um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, revisou para cima suas estimativas para a Selic e para o IPCA (Índices de Preços ao Consumidor Amplo) em 2022.

Agora o mercado espera que o nível da taxa básica de juros, a Selic, chegue a 12,25% neste ano, ante 11,75% da previsão anterior. Já a expectativa de inflação ao final de 2022 passou de 5,44% para 5,50%. Além disso, para 2023, o mercado diminuiu a perspectiva de crescimento do PIB de 1,5% para 1,3%.

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Mercados externos

O possível conflito militar entre Ucrânia e Rússia movimenta os mercados pelo mundo com mais força desde a última sexta (11). Na ocasião, surgiu a informação de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, já teria tomado a decisão de invadir a Ucrânia e comunicado essa resolução às Forças Armadas russas. A hipótese de um conflito na região impulsionou os preços do petróleo e fez as bolsas mundiais caírem naquele dia. 

Nesta segunda, as bolsas pelo Velho Continente continuam a apresentar quedas acentuadas. Em Londres, o FTSE 100 caía 2,04%. Na Alemanha, o DAX recuava 2,35%. O índice Euro Stoxx 50, que reúne empresas de toda a zona do euro, recuava 2,10%.

“Essa escalada de tensão fez com que os investidores adotassem uma abordagem de segurança antes do fim de semana. Isso parece se traduzir em uma abertura mais baixa para os mercados na Europa no início da semana”, afirma Michael Hewson, analista-chefe da corretora britânica CMC Markets, em nota publicada nesta segunda.

Nos Estados Unidos, Mary Daly, presidente do Federal Reserve de São Francisco, afirmou no último domingo (13) que o banco central americano deverá subir a taxa de juros de forma moderada para evitar danos à economia.

Por lá, as bolsas também apresentam quedas. O Dow Jones caía 0,84%, enquanto o S&P 500 recuava 0,48%. A exceção fica por conta do índice Nasdaq, que subia 0,23%.

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