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Ibovespa cai puxado por Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3); Braskem (BRKM5) dispara após suspensão de follow-on

Após a sinalização que a Petobras adiará venda de ações da petroquímica, ações sobem na bolsa. Varejo puxa as quedas após IGP-M

Foto: Divulgação / Braskem

Depois de subir por três pregões consecutivos, o Ibovespa opera em baixa no início da tarde. As mesmas companhias que fizeram o principal índice da bolsa avançar nos últimos dias – Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) – são as responsáveis pela marcha a ré desta sexta-feira, juntamente com companhias do setor varejista, que também subiram com força ontem.

Por volta das 14h05 (de Brasília), o índice caía 0,49%, para 112.060 pontos. Petrobras caía 1,00%, a despeito do aumento nos preços do petróleo para mais de US$ 90 o barril, enquanto Vale recuava 0,68%, também ignorando a valorização do minério de ferro na China

Para o Sócio da One Investimentos, Victor Miranda, a movimentação negativa nesta sexta é marcada pela chamada “realização de lucros” – quando investidores entram no mercado para vender papéis que se valorizaram nos pregões mais recentes. Um dos destaques neste caso seria a ação da Magazine Luiza (MGLU3), que apresentou a maior alta no pregão de quinta-feira (27), subindo 6,96%, e hoje recua 4,71%.

A performance negativa das varejistas também reflete a aceleração da inflação medida pelo Índice Geral de Preços, o IGP-M, em janeiro.

“A inflação no Brasil é muito ruim para setor de varejo. Ao olharmos para o dado do IGP-M no detalhe, vimos que os eletrodomésticos mais que dobraram de preço no último ano e meio. Isso prejudica muito ações de empresas como Magazine Luiza e Via Varejo (VIIA3), por exemplo”, afirma Miranda.

A Braskem (BRKM5) era o ponto mais brilhante do Ibovespa. As ações (BRKM5) subiam 9,65% após Petrobras e a Novonor (ex-Odebrecht) adiarem a operação em que venderiam as fatias que possuem na petroquímica.

A Petrobras disse que o adiamento aconteceu porque as condições do mercado estavam desfavoráveis, e agências internacionais divulgaram que investidores queriam pagar um preço menor do que o desejado pela Petrobras e a Novonor pelas ações da Braskem.

Desde o dia 14 de janeiro, quando a estatal protocolou um pedido junto à CVM para negociar mais de 75 milhões de ações preferenciais de classe A (PNA) Braskem, as ações tem apresentado quedas frequentes.

Fonte: TradeMap
Fonte: TradeMap

Inflação pelo mundo no radar

Nesta sexta foi divulgado o Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE) dos Estados Unidos. O número subiu 0,5% em dezembro de 2021 na comparação com novembro do mesmo ano. No comparativo com o mesmo mês de 2020, a alta foi de 4,9%. O resultado foi em linha com a expectativa do mercado.

Esses números de inflação nos EUA corroboram com a ata do Federal Reserve (Fed), o banco central do país, divulgada nesta quarta (26).  O presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizou que devem começar a elevar as taxas de juros a partir de março, quando acontece a próxima reunião do comitê de política monetária norte-americana.

Para Victor Miranda, os juros altos lá fora trazem um fluxo positivo para a bolsa brasileira. “Observamos uma rotação de ‘growth’ para ‘value’, ou seja, os investidores vendem ações de empresas mais expostas à riscos e compram de empresas mais conservadoras, como bancos, elétricas e commodities. Como o Ibovespa tem muito peso nesses papéis, acaba tendo performances positivas”, afirma.

As bolsas pelo mundo operam em alta, após começarem o pregão em baixa. Nos Estados Unidos, o S&P 500 subia 1,42% e o índice Dow Jones avançava em 0,72%. O índice Nasdaq Composto, que reúne diversas empresas de tecnologia, tinha maior alta, de 2,18%.

O resultado se deve, principalmente, ao balanço divulgado pela Apple (AAPL34), que apresentou receita e lucro acima do esperado.

Já na Europa o índice acionário Euro Stoxx 50, que inclui papéis de grandes empresas da zona do euro, caía 1,15%, o FTSE 100, de Londres, tinha queda de 1,17% enquanto o DAX, da Alemanha recuava 1,32%. O sentimento negativo na região é reflexo de dados fracos sobre a economia da Alemanha no quarto trimestre do ano passado e de preocupações com o suprimento de energia na Europa por causa de um potencial conflito entre Ucrânia e Rússia.

 

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