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Haddad pode animar mercado a depender de quem escolher para a equipe econômica, diz Julius Baer

Indicação de nomes com perfil liberal para a equipe econômica e orientações sobre a reforma fiscal podem trazer impulso positivo para ativos, diz banco

Foto: Shutterstock/Salty View

O anúncio de Fernando Haddad (PT) como novo ministro da Fazenda não aliviou a preocupação com o aumento dos riscos fiscais no Brasil. No entanto, a indicação de nomes com perfil liberal para a equipe econômica, bem como novas orientações sobre a reforma fiscal nos próximos dias, podem trazer um impulso positivo para os ativos, avalia o banco suíço Julius Baer.

A expectativa é que o governo anuncie os nomes que irão compor a equipe técnica dos ministérios da Fazenda e Planejamento nesta semana.

“Esperamos que o impulso positivo possa surgir a partir da nomeação da equipe econômica de Haddad, com nomes liberais e favoráveis ao mercado, nos próximos dias, bem como novas orientações sobre reformas fiscais nas próximas semanas”, disse o banco em relatório.

Por enquanto o banco sugere não aumentar a posição em ativos brasileiros e mantém recomendação neutra para as alocações em títulos públicos do Brasil.

Segundo o Julius Baer, a nomeação de Haddad para a Fazenda gera dúvidas entre os investidores sobre a adoção de políticas econômicas heterodoxas, a falta de disciplina fiscal e o aumento da dívida pública no novo governo.

A redução do déficit orçamentário no Brasil dificilmente será possível no curto prazo, aponta o Julius Baer.

O mercado aguarda o desenho final sobre a PEC da Transição. A Proposta de Emenda à Constituição aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) prevê aumento de R$ 145 milhões no limite do teto de gastos para financiar o pagamento de R$ 600 mensais do Bolsa Família em 2023.

O impacto total da PEC, porém, deve ser ainda maior, uma vez que está previsto um gasto de R$ 24 bilhões fora do teto de gastos.

A expectativa é que a PEC da Transição seja votada na Câmara na quarta-feira (14).

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