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Estrangeiros aportam R$ 12,6 bilhões na Bolsa em janeiro, o menor volume para o mês desde 2020

Investidores institucionais realizaram saque líquido de R$ 10 bilhões no mês, enquanto as pessoas físicas retiraram R$ 1,79 bilhão da Bolsa

Foto: Shutterstock/Dilok Klaisataporn

Os investidores internacionais continuam investindo na Bolsa brasileira, mas em um ritmo menor. Depois de registrar entrada líquida de R$ 15,2 bilhões em dezembro, entre recursos direcionados para as compras de papéis no mercado secundário e para as ofertas de ações, o investimento estrangeiro na Bolsa desacelerou e fechou janeiro em R$ 12,6 bilhões, o menor volume para o mês desde 2020.

O total registrado é quase a metade da entrada líquida de R$ 23,4  bilhões registrada no primeiro mês de 2021.

O volume de investimento estrangeiro em janeiro foi todo concentrado no mercado secundário, já que não houve nenhuma oferta de ações.

gráfico fluxo estrangeiro Bolsa

Investidores locais continuam saindo da Bolsa

Enquanto os estrangeiros continuam aplicando na Bolsa, os fundos de investimento e investidires pessoais físicas seguem retirando recursos do mercado de ações.

Em janeiro, os investidores institucionais, representados pelos fundos de investimento, realizaram saque líquido de R$ 9,97 bilhões, enquanto as pessoas físicas retiraram R$ 1,79 bilhão da Bolsa.

A migração dos investidores para as aplicações de renda fixa, com a perspectiva de manutenção da taxa básica de juros por um tempo mais prolongado, e o aumento da incerteza com o quadro fiscal têm levado os investidores locais a adotarem uma posição mais conservadora em relação ao mercado de ações.

Mas com o Brasil apresentando um quadro geopolítico melhor que o de pares emergentes e negociando a múltiplo abaixo da média histórica, de 11 a 12 vezes, a Bolsa brasileira tem atraído o interesse dos investidores estrangeiros.

Segundo a XP, alguns fatores explicam o otimismo dos estrangeiros: a reabertura da China, dada a alta exposição a commodities no Ibovespa e na balança comercial; o valuation atrativo da Bolsa, que negocia a um múltiplo de 6,9 vezes o preço/lucro; o câmbio mais desvalorizado em comparação com outras moedas emergentes; e a migração de recursos dos Estados Unidos para a Europa e para mercados emergentes.

O Ibovespa subia 2% no ano, até 1º de fevereiro, depois de registrar alta de 4,69% em 2022.

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