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Em dia de alta generalizada, Ibovespa sobe mais de 2% e retoma os 100 mil pontos

Bolsas estrangeiras subiram com alívio nos temores inflacionários e dados econômicos dos EUA

Gabriel Bosa

Gabriel Bosa

Foto: Shutterstock

Em dia de alta generalizada nos mercados globais, o Ibovespa seguiu a toada e registrou forte alta, retomando o patamar dos 100 mil pontos, perdido no final de junho.

O principal índice da Bolsa brasileira fechou com valorização de 2,04%, aos 100.729 pontos, com R$ 18,54 bilhões em volume negociado. Assim, o saldo do Ibovespa no mês de julho passou para alta de 2,22%, enquanto o balanço desde o início do ano segue de baixa, de 3,9%.

O dia foi de altas ao redor do mundo. Em Nova York, o Nasdaq registrou ganhos de 2,28%, o S&P 500 subiu 1,5% e o Dow Jones avançou 1,12%. Na Europa, o índice Euro Stoxx 50 fechou em alta de 1,95%.

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Política monetária em xeque

Nos Estados Unidos, foi divulgado que o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego somou 235 mil na semana encerrada em 2 de julho, uma alta de 4 mil solicitações frente ao nível revisado da semana anterior.

O dado veio um pouco acima da estimativa de analistas, que esperavam cerca de 230 mil novos pedidos, indicando um mercado de trabalho um pouco mais fraco do que o esperado.

Com isso, a percepção dos mercados é que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) possa adotar uma postura mais cautelosa nos aumentos da taxa de juros, mesmo com a sinalização da determinação dos membros do órgão de seguir elevando as taxas, conforme a ata da última reunião do órgão divulgada na quarta-feira (6).

O mercado não levou muito a sério do documento por uma razão: a decisão foi tomada há três semanas, e de lá para cá muita coisa aconteceu. Nesse cenário, os investidores se perguntam se o Fomc adotaria um tom tão duro contra a inflação se a decisão fosse hoje.

Agora, os investidores aguardam a divulgação do payroll de junho, o relatório sobre a criação de vagas e taxa de desemprego americana, que ocorrerá amanhã.

Commodities em recuperação

Outro fator que ajudou as Bolsas ao redor do mundo foi um alívio nos temores sobre a inflação e, consequentemente, o ritmo do aperto monetário, seguindo a desvalorização recente dos preços do petróleo.

Depois de ter caído mais de 17% no último mês, o petróleo tipo Brent teve leve alta no pregão desta quinta-feira, fechando com ganhos de 3,93%, a US$ 104,65 por barril. O minério de ferro também subiu, encerrando em alta de quase 4% na Bolsa de Dalian, a US$ 112,86 por tonelada.

A alta do minério foi impulsionada pelo anúncio do governo chinês de que está estudando um programa voltado para investimento em infraestrutura de US$ 220 bilhões, o que ajuda no bom humor e, como reflexo, impulsiona as ações de siderurgia e mineração.

Com isso, as petroleiras, mineradoras e siderúrgicas subiram em bloco. Empresas de maior peso no índice, a Vale (VALE3) teve alta de 2,91%, enquanto as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) avançaram 2,96% e 2,93%, respectivamente.

As maiores altas do pregão, porém, foram das ações de Yduqs (YDUQ3), CVC (CVCB3) e MRV (MRVE3), com ganhos de 10,51%, 10,32% e 6,42%, nesta ordem. Na outra ponta, os papéis que mais caíram foram os de JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Suzano (SUZB3), com perdas de 1,22%, 1,12% e 0,69%.

PEC dos Auxílios é aprovada

Internamente, foi aprovada na Câmara dos Deputados a PEC dos Benefícios. A proposta de emenda à constituição eleva o Auxílio Brasil, cria um auxílio a caminhoneiros e eleva o vale gás, em medidas que furarão o teto de gastos (que limita o aumento de despesas à inflação) em mais de R$ 40 bilhões.

A aprovação já era amplamente esperada, depois de a proposta ter passado no Senado sem maiores dificuldades.

Apesar dos benefícios em tese serem temporários, com validade somente até dezembro, é muito difícil que sejam retirados no ano que vem, seja qual for o novo presidente da República em 2023 – e por isso que essa discussão vem fazendo preço no mercado.

Cripto

O mercado de criptoativos avançou nesta quinta, assim como as Bolsas americanas, com os investidores ainda repercutindo a ata do Fed.

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Por volta de 16h50, o Bitcoin (BTC) registrava alta de 5,8%, cotado a US$ 21.685, conforme dados do Mercado Bitcoin disponíveis na plataforma TradeMap.

As altcoins também performavam no campo positivo. O Ethereum (ETH) tinha ganho de 8%, mesma valorização da Solana (SOL), enquanto a Cardano (ADA) subia 4,8%.

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