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Eletrobras (ELET3): apesar de possível, Genial não acredita em reversão de privatização; ação cai

Segundo cálculos da Ativa, processo de reestatização custaria mais de R$ 100 bilhões para União

Foto: Shutterstock/Sidney de Almeida

As ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) iniciam a semana em queda e, sem novidades, o motivo é o mesmo que vem reverberando sobre os papéis desde o início do ano: a possibilidade de reversão da privatização.

A novidade, desta vez, é que a Justiça autorizou a realização de perícia sobre a privatização, após um pedido do sindicato de funcionários da companhia, alegando que a iniciativa traria uma reserva de mercado e aumentaria o preço da energia elétrica.

Essa decisão por parte do sindicato acontece após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter novamente criticado, em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, na BandNews, no último dia 2 de março a privatização da Eletrobras. Na visão do presidente, existem empresas de economia mista de “melhor qualidade”.

Em fevereiro, Lula já havia criticado o processo de privatização da empresa e disse que iria solicitar ao TCU (Tribunal de Contas da União) a revisão dos termos e os efeitos da desestatização.

O que diz o mercado

Mesmo que o governo entre na Justiça para tentar reverter a privatização da Eletobras, que aconteceu em junho de 2022, esse processo não será fácil.

Isso porque foi colocada uma cláusula de poison pill (pílula de veneno) que estabelece a obrigatoriedade de pagamento de prêmio de 200% caso o governo ou qualquer outro acionista queira adquirir o controle acionário da empresa.

Pelos termos atuais, considerando a necessidade de recompra das ações da Eletrobras (OPA) com um prêmio de 200% sobre o maior preço nos últimos 504 pregões, esse processo custaria à União mais de R$ 100 bilhões, segundo cálculos da Ativa Investimentos.

Dada a limitação orçamentária do governo, com previsão de déficit fiscal para este ano, seria difícil arcar com esse custo.

Para Eduardo Nishio, head de research da Genial Investimentos, a privatização da Eletrobras seguiu todo rito legal, com aprovação de ambas as casas parlamentares e com aprovação do TCU. “Não acreditamos em reestatização da empresa”, afirmou Nishio, em relatório publicado nesta segunda-feira (6).

A corretora tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 52 para o papel ordinário da Eletrobras, o que representa uma valorização de 58,7% em relação ao fechamento do dia 3 de março, que foi de R$ 32,76.

Segundo os dados do Consenso TradeMap, as ações da Eletrobras contam hoje apenas com recomendações de compra (com seis, no total).

Por volta de 12h15, a ação ordinária da companhia tinha queda de 0,76%, a R$ 32,79, assim como o papel preferencial cedia 0,69%, a R$ 34,54.  

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