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Depois de sete quedas consecutivas, Ibovespa tem alta de 1,05%, puxado por commodities metálicas

Perspectiva de estímulos econômicos na China impulsionou o minério de ferro

Gabriel Bosa

Gabriel Bosa

Foto: Shutterstock

Após bater uma sequência de sete baixas consecutivas, o Ibovespa conseguiu fechar em alta o pregão desta quarta-feira (27), puxado para cima por ações de mineradoras e siderúrgicas.

O índice teve alta de 1,05%, aos 109.349 pontos, com R$ 21,73 bilhões em volume negociado. O saldo do mês de abril, porém, segue em baixa de 8,87%, enquanto o balanço desde o início do ano é de valorização de 4,32%.

A tendência positiva não foi exclusividade do mercado brasileiro. Em Nova York, o índice Dow Jones teve alta de 0,19%, o S&P 500 avançou 0,21% enquanto o Nasdaq perdeu 0,01%. Na Europa, o índice Euro Stoxx 50 subiu 0,36%.

Gás na Europa, minério na China

No leste europeu, a guerra na Ucrânia ganhou um novo capítulo. Ontem, a Rússia informou as autoridades da Polônia e da Bulgária que irá interromper o fornecimento de gás natural aos países que se recusaram a utilizar o novo modelo de pagamento em rublos pela commodity, segundo matéria do jornal Valor Econômico.

Assim, os temores sobre o fornecimento de gás à Europa ganharam força, uma vez que a União Europeia também tem recusado a demanda russa de aderir ao novo sistema de pagamento.

Os temores sobre o crescimento econômico global também seguem no radar, mas declarações do Banco Central da China, país que vem adotando medidas duras para conter a disseminação da Covid-19, deram certo alívio ao mercado. Ontem, o órgão afirmou que irá intensificar o apoio econômico. Já o governo chinês anunciou que irá elevar os gastos com infraestrutura.

Com a perspectiva de estímulos, o minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 2,61% no pregão, sendo negociado a 826,50 iuanes, o equivalente a US$ 126 por tonelada – levando consigo as ações de mineradoras e siderúrgicas. No fechamento, as maiores altas do Ibovespa eram de Gerdau (GGBR4), WEG (WEGE3) e Vale (VALE3), com avanços de 6,01%, 5,5% e 5,35%, respectivamente.

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O petróleo tipo Brent, por sua vez, teve alta de 0,32%, a US$ 104,95. Das petroleiras brasileiras, apenas a PetroRio (PRIO3) teve alta, de 1,11%.

A disparada da WEG vem depois da divulgação de seu balanço relativo ao primeiro trimestre deste ano, com lucro líquido R$ 943 milhões, avanço de 23,5% em relação ao mesmo período de 2021. A companhia afirmou que a melhora no desempenho se deveu a vendas de produtos de maior valor agregado e o fato de ter aproveitado a crescente busca por fontes de geração de energia renovável.

No âmbito corporativo, o destaque do dia é o balanço da Vale, que será divulgado após o fechamento, assim como a prévia operacional da Petrobras.

Destaques de baixa

No fechamento, as maiores baixas do Ibovespa eram de Hapvida (HAPV3), Azul (AZUL4) e Positivo (POSI3), com perdas de 5,84%, 3,19% e 2,63%, respectivamente.

A queda nas ações da Hapvida, de acordo com analistas da Ativa Research, reflete uma piora nas expectativas para o resultado do primeiro trimestre, puxada pelo aumento do desemprego. “É importante ressaltar que grande parte da carteira de beneficiários das operadoras de saúde vem de planos empresariais”, explicam.

BTC

Ignorando a pressão negativa no cenário internacional, o Bitcoin (BTC) operava no campo positivo, apesar de ser negociado abaixo da linha de US$ 40 mil. Por volta das 17h (de Brasília), a principal cripto do mercado registrava ganho de 1,26%, a US$ 39.060, de acordo com dados do Mercado Bitcoin disponíveis na plataforma TradeMap.

O Ethereum (ETH) seguia na mesma linha, com alta de 0,39%, a US$ 2.865, conforme levantamento da Binance. A Dogecoin (DOGE), que roubou a cena ao disparar mais de 20% na segunda-feira (26) com a euforia gerada pela compra do Twitter por Elon Musk, registrava queda de 1,53%, a US$ 0,13, segundo a Coindesk.

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