Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Depois de abrir pregão em baixa, Ibovespa segue exterior e começa semestre no verde

Índice teve alta de 0,42%, aos 98.953 pontos; saldo da semana é de avanço de 0,29%

Foto: Shutterstock

Depois de passar boa parte do pregão em baixa, o Ibovespa seguiu o movimento das Bolsas dos Estados Unidos, que inverteram de sinal durante a tarde, e fechou o primeiro pregão do semestre em alta de 0,42%, aos 98.953 pontos, com R$ 18,97 bilhões em volume negociado.

Com isso, o saldo do índice na semana foi de alta de 0,29%, enquanto a performance no acumulado do ano segue de desvalorização de 5,6%.

No exterior, o desempenho dos mercados foi misto. Em Nova York, o S&P 500 teve alta de 1,06%, o Dow Jones subiu 1,05% e o Nasdaq somou ganhos de 0,9%. Na Europa, o índice Euro Stoxx 50 fechou com perdas de 0,19%.

Apesar de o semestre ter mudado, o cenário para a economia global permanece o mesmo, com investidores avaliando políticas monetárias e riscos de recessão ao redor do globo.

Leia mais:
J.P. Morgan vê mercado de ações emergentes melhores que desenvolvidos e recomenda Brasil

Sobe e desce das commodities

Com o aumento das interrupções no fornecimento da Líbia, onde protestos interrompem a produção, o petróleo tipo Brent fechou em alta de 2,38%, a US$ 111,63 por barril, ajudando ações de petroleiras brasileiras.

Assim, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 2,15%, seguidas pelos papéis ordinários da estatal (PETR3), em alta de 1,87%, por 3R Petroleum (RRRP3), que avançou 1,25% e PetroRio (PRIO3), com valorização de 0,5%.

Na direção oposta, em meio a temores de que o governo chinês possa exigir cortes na produção de aço, o minério de ferro teve baixa de 6,85% na Bolsa de Dalian, a US$ 131,95 por tonelada, derrubando as ações ligadas à commodity.

No setor, destaque para CSN (CSNA3), Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e Vale (VALE3), com quedas de 2,33%, 1,05% e 1,91%, respectivamente.

Risco fiscal segue no cardápio

Por aqui, repercute a aprovação, na noite de ontem, da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que autoriza o governo a gastar R$ 41,2 bilhões fora dos limites de despesas previstos em lei. O dinheiro será usado até o final deste ano para aumentar auxílios financeiros à população mais pobre e para diminuir o preço dos combustíveis a caminhoneiros e taxistas.

O pacotão de medidas ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados para passar a valer, mas está influenciando o mercado há alguns dias.

Se a perspectiva é de piora nas contas públicas e de aumento nos juros – que já estão no nível mais alto desde o final de 2016 -, os investidores passam a esperar que a economia desacelere com mais intensidade, porque juros maiores encarecem o crédito e, por tabela, o consumo e os investimentos.

O que pode mitigar este risco é o caráter social das medidas. Boa parte do dinheiro que o governo quer injetar na economia vai para a parcela mais pobre da população, o que pode suavizar uma eventual contração econômica.

Veja também:
Bolsa com proteção: fundos adotam posição defensiva em ações com eleição; saiba como se blindar também

Altas e baixas do pregão

Entre as ações do Ibovespa, as maiores altas do pregão foram de IRB (IRBR3), MRV (MRVE3) e BRF (BRFS3), com ganhos de 6,4%, 6,02% e 5,08%, nesta ordem.

Os papéis do IRB avançam em ajuste técnico, depois de sete quedas consecutivas, seguindo a tendência do setor, com Porto (PSSA3) em alta de 1,41% e BB Seguridade (BBSE3), de 0,35%.

A MRV anunciou um novo programa de recompra de ações. A companhia vai comprar no máximo 6 milhões de ações ordinárias, cerca de 2% do total em circulação, para permanência em tesouraria ou para posterior alienação.

Além disso, a subsidiária americana da empresa do setor de construção civil, a Resia, antiga AHS Residential, concluiu a venda de dois empreendimentos por US$ 195 milhões, mais de R$ 1 bilhão na cotação atual.

Somado a isso, a MRV anunciou que recebeu R$ 349 milhões decorrentes da venda de créditos imobiliários da companhia para uma securitizadora.

Fora do Ibovespa, a Eternit (ETER3) disparou 12,35% depois de a empresa ter aprovado uma nova política de dividendos e de juros sobre o capital próprio. O valor a ser distribuído será de 25% do lucro nos primeiro, segundo e terceiro trimestres, e poderá ultrapassar essa marca nos três últimos meses do ano.

Na direção oposta, as maiores baixas do pregão foram de Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Cogna (COGN3), com recuos de 5,98%, 5,21% e 3,74%, respectivamente.

Outra queda importante, de 2,64%, foi das ações do Fleury (FLRY3), devolvendo parte dos ganhos vistos na quinta-feira (30). Ontem, a empresa encerrou a sessão em alta de 16,1% após anunciar que fechou um acordo para comprar o Hermes Pardini (PARD3), em uma operação de R$ 2,5 bilhões.

A Light (LIGT3) caiu 6,57%, depois de derreter 15,6% no pregão de ontem, ainda refletindo a saída do CEO e a decisão judicial que define pela devolução de créditos tributários aos consumidores finais.

Cripto

O mercado de criptoativos caminha para mais uma semana de perdas com a persistência do receio de recessão nos Estados Unidos com o aumento das taxas de juros.

O Bitcoin (BTC) perdeu a faixa dos US$ 20 mil na quinta-feira (30) e luta para evitar quedas mais bruscas. A chegada do fim de semana aumenta o clima de tensão por apresentar mais riscos aos ativos digitais, que são negociados 24 horas, todos os dias da semana, com a diminuição da liquidez do mercado.

Por volta de 17h, o BTC registrava alta de 2,5%, a US$ 19.379, segundo dados da CoinGecko. Em sete dias, porém, a moeda tem queda de 8,2%.

O clima negativo também era de recuperação nas altcoins. Na mesma hora, o Ethereum (ETH) subia 4,8%, e a Cardano (ADA) ganhava 1,3%.

Cadastre-se para receceber nossa Newsletter
Marketing por

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.