Com Selic elevada, número de investidores no Tesouro Direto cresce 22% em um ano

Título público mais demandado por investidores em novembro foi o Tesouro Selic

Foto: Shutterstock/Brenda Rocha - Blossom

Com os juros brasileiros em patamares elevados, a demanda por títulos públicos continua crescente. Em novembro, o número de investidores cadastrados no programa do Tesouro Direto cresceu 43% frente ao mesmo período do ano passado, somando 22.048.922 pessoas.

Considerando apenas os investidores ativos, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no programa, houve o aumento de 7.257 aplicadores no mês, totalizando 2.109.570 pessoas. Em relação a novembro de 2021, o crescimento foi de 21,6%.

Houve emissão líquida de R$ 805 milhões em títulos do Tesouro Direto em novembro. As emissões somaram R$ 3,59 bilhões, enquanto os regastes totalizaram R$ 2,79 bilhões.

Com a taxa básica de juros em 13,75%, o título público mais demandado pelos investidores em novembr foi o indexado à taxa Selic (Tesouro Selic), cujas vendas somaram R$ 1,84 bilhão e corresponderam a 51,3% do total de papéis colocados no mercado.

Já as vendas dos títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) somaram R$ 1,15 bilhão e corresponderam a 32,0% dos papéis ofertados, enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 599,3 milhões em vendas, ou 16,7% do total de novembro.

Nas recompras, predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 1,63 bilhão (60,9%). Os títulos Tesouro IPCA+ somaram R$ 680,70 milhões (25,4% dos regates antecipados), enquanto as recompras de papéis prefixados totalizaram R$ 369,00 milhões (13,7%).

As aplicações de até R$ 1 mil representaram 58,6% das operações de investimento no mês. O valor médio por operação foi de R$ 6.527,23.

Títulos de curto prazo concentram a demanda

Quanto ao prazo, a maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre um e cinco anos, que alcançaram 70,3% do total.

As aplicações em títulos com vencimento acima de dez anos representaram 20,8%, enquanto os títulos com vencimento de cinco a dez anos corresponderam a 8,9% do total.

Quanto ao perfil de vencimento dos títulos em estoque, a parcela com vencimento em até um ano fechou o mês em R$ 5,94 bilhões, ou 5,8% do total. A parcela do estoque vincendo de um a cinco anos foi de R$ 67,65 bilhões (65,7%) e o percentual acima de cinco anos somou R$ 29,4 bilhões (28,5%).

Em novembro de 2022, o estoque do Tesouro Direto era de R$ 103 bilhões, um aumento de 1,7% em relação ao mês anterior (R$ 101,23 bilhões).

Os títulos remunerados por índices de preços se mantêm como os mais representativos do estoque, somando R$ 53,1 bilhões, ou 51,60% do total. Na sequência estão os papéis indexados à taxa Selic, totalizando R$ 33,92 bilhões (32,9%), e os  prefixados, que somaram R$ 15,97 bilhões, com 15,5% do total.

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