Os índices futuros americanos operam em queda na manhã desta quarta-feira (25), com os investidores à espera de mais resultados de empresas americanas enquanto lidam com os receios de uma recessão no mundo como consequência do aumento de juros em curso em grandes economias.
Ontem, os papeis da Microsoft (MSFT34) chegaram a disparar no after market, após a gigante de tecnologia anunciar um lucro líquido de US$ 16,43 bilhões no quarto trimestre. Houve queda em relação a 2021, mas o lucro por ação foi de US$ 2,32, acima da média das projeções do mercado.
Apesar disso, declarações da diretora financeira da empresa de que a projeção é que a receita da empresa se reduza nos próximos meses esfriaram os ânimos, e os papeis da companhia caíam quase 2% no pré market.
Saiba mais:
O mercado aguarda ainda os resultados da Tesla, Boeing, IBM e AT&T, que informação seus resultados nesta quarta. Os balanços ajudarão a determinar até que ponto as grandes empresas americanas estão sendo afetadas pelo aumento nos juros pelo Federal Reserve, banco central americano, que volta a se reunir na semana que vem.
Ontem, o Ibovespa retornou ao campo positivo, destoando do clima misto das bolsas globais e liderado mais uma vez por ações varejistas, em um movimento de rotação de carteiras após o colapso da Americanas (AMER3).
Confira também:
Por volta das 8h20, os índices futuros estavam no vermelho: o Dow Jones recuava 0,51%, o S&P 500 caía 0,71% e o Nasdaq perdia 1,19%. O índice europeu EuroStoxx 50 estava em queda de 0,63%.
Lula no Uruguai
O feriado da Consciência Negra na cidade de São Paulo não fechará a B3, que funciona normalmente nesta quarta. Por aqui, os investidores monitoram a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Uruguai, onde se reúne com o presidente Lacalle Pou.
A expectativa é que os uruguaios demonstrem bem menos receptividade do que os argentinos em estreitar laços comerciais com o Brasil. O Uruguai vem negociando acordos de livre comércio com a China, a despeito do Mercosul.
Os investidores seguem analisando as falas de Lula e as tentativas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de reduzir o tom de críticas à autonomia do Banco Central ou uso de bancos públicos para financiamento de projetos de infraestrutura lá fora.