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Bolsas mundiais sobem no primeiro dia de reunião do Fed

No Brasil, também temos o primeiro dia de encontro do Copom para definir a política monetária do país.

Os futuros americanos começam o dia com leves altas, após o S&P e o Nasdaq renovarem suas máximas históricas no dia anterior. Na maior parte da segunda-feira, os índices ficaram no vermelho, até que engataram uma alta e fecharam no positivo. O S&P em +0,18 e o Nasdaq com +0,74. 

Isso porque os investidores estão em compasso de espera. Nesta terça-feira, 15, se inicia a reunião de dois dias do Federal Reserve sobre a política monetária do gigante do norte e os americanos estão preocupados com a inflação. 

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De um lado o Fed mantém a posição de que a alta dos preços é transitória e impulsionada pela demanda reprimida do isolamento social mais o boom de commodities. Dessa forma, o banco central não vê necessidade de aumentar os juros tão cedo. 

Porém, já houve um indicativo de que a compra de ativos poderá diminuir nos próximos meses. Com isso, investidores e analistas permanecem desconfiados. A conclusão disso se dará amanhã, mas o começo já é hoje e o mercado segue atento. 

Na agenda econômica americana o dia está cheio. Além do primeiro dia de encontro do Fomc, também terá a divulgação de uma série de indicadores: vendas do varejo em maio, preços ao produtor em maio, produção industrial em maio, estoques empresariais e estoques de petróleo. 

Já as bolsas europeias dão sinais positivos nesta manhã, embora a variação indiana Delta esteja comprometendo a reabertura no Reino Unido. Ontem o primeiro ministro Boris Johnson anunciou que as medidas de restrição no país serão prorrogadas por mais quatro semanas e que está confiante de que é o suficiente, em conjunto com as medidas sanitárias individuais. 

“Não podemos simplesmente eliminar a covid, devemos aprender a conviver com isso”, afirmou o primeiro-ministro em coletiva de imprensa.

Enquanto isso, as bolsas asiáticas fecharam o dia com resultados variados entre si. 

Outro destaque do mercado é a volta do Bitcoin após um novo twitte do bilionário Elon Musk. No final de semana Musk publicou em sua rede social que voltaria a realizar transações com a criptomoeda, caso se confirmasse que usuários utilizam pelo menos +50% de energia limpa na mineração.  

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Foi o suficiente para a moeda virtual voltar a casa dos US$ 40 mil, após uma valorização superior a 10% em 24 horas. 

Quem também começou o dia em disparada foi o petróleo tipo Brent, que chegou a atingir seu maior patamar em dois anos. No final do dia, o preço da commodity desacelerou e fechou em alta moderada de 0,23%, cotado a R$ 72,86. 

Cenário brasileiro 

Por aqui, ontem foi dia da “prévia do PIB” pelo Banco Central, com a divulgação do IBC-Br. Os dados indicaram um crescimento econômico de 0,44% no mês de abril, valor modesto perto das previsões colhidas pela Bloomberg, que indicavam uma alta de 1,35%. 

O resultado teve pouco efeito no mercado, o que animou os investidores mesmo foi a notícia de que o estado de São Paulo adiantou o calendário de imunização. De acordo com o governo estadual, toda a população adulta estará vacinada até o dia 15 de setembro. 

Aí o otimismo tomou conta. O Ibovespa fechou com +0,59% porém tocou 1% ao longo do dia. O real também valorizou com recuo de 1,01% do dólar.  

Hoje temos o primeiro dia da reunião do Copom para definir a política monetária do país. Assim como nos Estados Unidos, a quarta-feira reserva as decisões dos dois bancos centrais. 

Ontem, o Boletim Focus aumentou a previsão para a taxa Selic em 0,5 p.p., até 6,25%. Atualmente, a principal taxa de juros do país está em 3,5% ao ano, com indicação do Copom de aumento em 0,75 p.p., para 4,25% ao ano. 

Com a última aceleração do IPCA registrada em maio (leia mais aqui), há quem espere por um aumento maior da autoridade monetária do país. A reunião da análise de mercado tem início hoje às 10h e a de conjuntura tem início 14h30.

Na agenda política do dia temos Marcellus Campelo, ex-secretário de Saúde do Amazonas, que presta depoimento a partir das 9h na CPI da Covid.

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