Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Bolsas mundiais operam sem direção à espera da declaração do Fed

Em "Super Quarta" com Fed e Copom, mercado brasileiro também olha para a votação da MP da Eletrobras no Senado.

Futuros americanos amanhecem com resultados variados entre si depois da terça-feira fechar no vermelho em Wall Street. Já as bolsas asiáticas fecharam o dia mistas, com o resultado do CPI da China e as bolsas europeias apresentam tendência de altas. 

Investidores aguardam a decisão do Fomc sobre a política monetária dos Estados Unidos, que sairá hoje. As expectativas apontam para a manutenção dos juros perto de zero, o suspense está na fala sobre a compra de ativos, visto que na última ata já houve menção para diminuir o ritmo. 

Ontem o mercado americano tomou um baque com a divulgação dos dados de vendas do varejo e preço ao produtor. Os números indicam que a recuperação econômica por lá está mais lenta do que se gostaria. As compras recuaram 1,3% no mês de maio, enquanto os preços ao produtor aumentaram 0,8% no mesmo período – ritmo mais forte em quase 11 anos para o mês.  

Sinais como este, de inflação acelerada, têm deixado o mercado apreensivo e feito com que analistas defendam uma mudança na política monetária expansionista adotada pelo Fed atualmente. Desde o ano passado, a instituição vem comprando US$ 120 bilhões em títulos mensalmente, à medida que a economia se recupera da pandemia. 

Leia também: Ata do Fed reforça a ideia de que a inflação nos EUA é transitória

Às 15h, o banco central americano divulgará as atas da reunião, sua declaração e as previsões sobre a taxa de juros. Em seguida, às 15h30, teremos a fala do presidente da instituição, Jerome Powell.

Do outro lado do mundo, as bolsas asiáticas repercutiram os dados de vendas do varejo da China. Diferentemente dos EUA, por lá as compras aumentaram 0,81% em maio frente a abril. Já a produção industrial avançou 0,52% no mesmo período. 

Embora os números sejam positivos, vieram abaixo do esperado pelos analistas. Com isso, as bolsas fecharam com resultados variados nesta quarta-feira. 

Na Europa, os dados de preços vieram do Reino Unido, que viu a inflação ao consumidor aumentar 0,6% em maio, na comparação mensal, acima dos 0,3% esperados. Na comparação anual, a alta foi de 2,1%, também acima do 1,8% previsto. 

Ainda assim, as bolsas europeias operam com tendência de alta nesta manhã, com destaque para os setores de petróleo, que avançam 0,7% no dia. Isso porque, a cotação do óleo segue subindo forte, na expectativa por uma alta na demanda, com o avanço da vacinação e da retomada dos negócios nos países. 

Ontem o barril tipo Brent subiu 1,55% na bolsa de Londres, cotado a US$ 73,99. Nesta manhã, o óleo aumenta a subida com mais 0,38%. Já o tipo WTI, negociado nos EUA, fechou a terça com alta de 1,75%, cotado a US$ 72,12, e hoje alarga a posição em mais 0,25%. 

Cenário brasileiro 

Nossa “Super Quarta” reserva a decisão do Copom sobre a taxa de juros. Tudo indica para uma elevação de 0,75 p.p., conforme o indicado na última ata, com a Selic passando para 4,25% ao ano. Porém, alguns analistas já falam de aumento em 1 p.p., visto os últimos dados de inflação do mês de maio. 

Se for o caso, irá surpreender o mercado, com dia finalizado em festa. Está prevista a divulgação da ata às 18h30, após o fechamento da bolsa de valores. Com isso, o Ibovespa deve caminhar de lado nesta quarta. 

Na agenda do dia também temos a votação da MP da Eletrobras, pautada no Senado. O texto já está próximo do vencimento e deve ser aprovado pelo Congresso Nacional até a próxima terça-feira, 22, caso contrário, perderá seus efeitos. 

O relator da MP, senador Marcos Rogério, deverá apresentar o relatório somente nesta data. O mercado segue de olho no caso, principalmente pela falta de acordo político para a votação, o que coloca a privatização em risco. 

De dados, hoje teremos o IGP-10 pela Fundação Getúlio Vargas e o fluxo cambial da semana.

Compartilhe:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.