Na última reunião sobre juros do Federal Reserve, o banco central americano decidiu elevar a taxa básica da maior economia do mundo em 0,75 ponto percentual. A dúvida do mercado daqui para a frente é se a inflação mais baixa do que o esperado em julho, que impulsionou os mercados na semana passada, de fato pode ajudar na chance de uma alta menor, de 0,50 ponto, em setembro.
Na próxima quarta-feira (17), será publicada a ata do encontro, que aconteceu há duas semanas. Os investidores procurarão no documento dicas de como cada membro do Fed se posicionou e detalhes do cenário com o qual o Fomc, colegiado de política monetária, trabalha.
Apesar da alta de preços ao consumidor menor no mês passado, os analistas se dividem sobre se isso será suficiente para permitir uma desaceleração nos aumentos na taxa americana, já que a inflação se mantém em um patamar bastante elevado.
Os investidores ainda estarão de olho em dois dados que serão informados sobre a Zona do Euro: o comportamento do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre, que sai na quarta-feira às 6h, e o CPI (índice de preços ao consumidor) de julho, na quinta-feira (18) às 6h.
Os mercados ainda repercutem dados mais fracos do que o esperado para a produção industrial e vendas no varejo na China e a decisão do Banco Popular da China de cortar os juros de referência como forma de estimular a economia.
Nesta segunda-feira (12), por volta das 7h30, os índices futuros americanos estavam no vermelho: o Dow Jones perdia 0,48%, o S&P 500 recuava 0,51% e o Nasdaq estava em queda de 0,36%. O Euro Stoxx 50, principal índice europeu, operava em alta de 0,1%.
Por que isso importa?
Juros mais altos nos EUA retiram a atratividade de ações ou de papeis de países emergentes, como o Brasil. Em meio à maior inflação em quatro décadas, o mercado teme que o Federal Reserve seja obrigado a elevar os juros de forma agressiva, contratando uma recessão da economia.
IBC-Br de junho e do semestre
Os investidores também acompanharão os dados do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) em junho, que serão informados nesta segunda (12), às 9h, pelo BC. O indicador tenta antecipar o comportamento do PIB (Produto Interno Bruto).
Na semana passada, dados melhores que o esperado do setor de serviços no mês retrasado levaram algumas casas a revisarem para cima a expansão da atividade econômica prevista para este ano.
Hoje, ainda serão informados os balanços de Itausa (ITSA4), CSN (CSNA3), Banco Inter (BIDI11), IRB (IRBR3), Vibra Energia (VBBR3), Meliuz (CASH3) e Rede D´Or (RDOR3), todos após o fechamento do mercado.
Veja abaixo a agenda completa para os próximos dias:
Segunda-feira
Às 8h25, o Banco Central informa o Boletim Focus, com as projeções de analistas para inflação, juros, câmbio e PIB.
Às 9h, o Banco Central divulga o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) de junho.
Terça-feira
Às 10h15, o Federal Reserve divulga a produção industrial americana em julho.
Quarta-feira
Às 6h, será informado o PIB (Produto Interno Bruto) da Zona do Euro no segundo trimestre.
Às 15h, será divulgada a ata da última reunião do Fomc, colegiado de política monetária do Federal Reserve.
Quinta-feira
Às 6h, a Eurostat divulga o CPI (índice de preços ao consumidor) da Zona do Euro em julho.
Às 9h30, o DoL (departamento de trabalho americano) informa o número atualizado de pedidos de auxílio desemprego.
Sexta-feira
Às 8h, a FGV divulga a segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) de agosto.