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Vai crescer menos? China confina 1,7 milhão para tentar conter Covid-19

Salto no número de novos casos se multiplicou quase por 10 em menos de uma semana

Foto: Shutterstock

Com uma nova escalada de casos de Covid-19 no leste do país, autoridades da China decidiram colocar 1,7 milhão de pessoas em confinamento na província de Anhui, em uma nova ameaça ao crescimento da segunda maior economia do mundo.

O país vem reportando nos últimos dias mais de 300 casos diários de Covid-19, após o número se manter abaixo de 50 nas semanas anteriores.

De acordo com o Wall Street Journal, somente neste domingo (3) a China registrou 380 novos casos da doença, com a maior parte dos casos registrados em Si County, uma cidade movimentada de 760 mil residentes localizada na província de Anhui.

O número de novos casos se multiplicou quase por 10 em menos de uma semana, justamente em um momento em que a economia chinesa começa a se recuperar dos lockdowns em grandes cidades, como Xangai e Pequim, no início do ano.

Para se ter uma ideia, em 29 de junho a China registrou 39 casos. No último sábado (2), esse número saltou para 385, a maior quantidade de infecções registrada desde 25 de maio.

Apesar de a China ter conseguido conter novos surtos em grandes cidades como Xangai ou Pequim, está tendo mais dificuldades nas províncias do leste. Somente Anhui, que é o epicentro do último surto, reportou 287 novas infecções ontem, de acordo com a imprensa internacional.

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Por que isso preocupa?

Restrições à circulação na China podem afetar o crescimento do país, que é a segunda maior economia do mundo, e podem colocar mais pressão na inflação global e brasileira. 

Grande parceiro comercial da Ásia, o Brasil pode ser duplamente afetado: pela queda no volume de compras pelos chineses e pelo aumento nos preços de insumos industriais. 

Dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia mostram que a China é o maior parceiro comercial do Brasil: o país respondeu no ano passado por 31,28% das exportações brasileiras e por 21,72% das importações.

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