Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Por que para a Fitch o Brasil vai equilibrar as contas públicas antes do Japão?

Agência de classificação de risco diz que emergentes como o Brasil têm sido mais ágeis no ajuste das contas do que países desenvolvidos

Foto: Shutterstock/Osugi

Depois de aumentarem os gastos públicos nos últimos dois anos para enfrentar os prejuízos econômicos decorrentes da pandemia de Covid-19, os governos de vários países tentam diminuir o volume de dívidas acumuladas e reequilibrar as contas.

Mas diferente do que se possa imaginar, quem deve atingir esse objetivo mais rapidamente são os países emergentes, e não os desenvolvidos. Pelo menos é o que diz a agência de classificação de risco Fitch.

“Os emergentes como um todo estão mais perto que os desenvolvidos de reverterem o afrouxamento nas finanças públicas visto na pandemia”, disse a agência, em um relatório publicado nesta quinta-feira (24).

Segundo a Fitch, a explicação para a diferença recai sobre uma série de fatores, como a escala mais modesta de estímulo fiscal nos emergentes, o papel das restrições financeiras sobre a redução em seus gastos e a ampliação da arrecadação com impostos em alguns desses países, por causa do preço alto das commodities.

Em várias economias desenvolvidas, os gastos públicos acumulados nos últimos 12 meses estão bem acima dos níveis observados em 2019, ano que antecedeu a pandemia de Covid-19. Estão nessa situação países como Alemanha, Japão, Espanha e Taiwan.

Como se situa o Brasil na visão da Fitch?

Entre os emergentes, a situação é mais positiva, principalmente na América Latina e no Oriente Médio, onde a arrecadação de impostos está crescendo mais rápido que antes da pandemia. Com mais dinheiro no bolso, os governos destas regiões estão gerenciando melhor o retorno ao equilíbrio fiscal.

“Uganda e África do Sul, na África, e Brasil, Chile e Peru, na América Latina, fizeram avanços particularmente notáveis em ajustar as contas após um afrouxamento fiscal significativo durante a pandemia”, afirmou a Fitch.

Apesar disso, a agência ressalta que a busca por déficits menores nos orçamentos públicos sofrerá atrasos em 2023, como resultado da desaceleração econômica prevista para o ano que vem e do impacto tardio da inflação sobre as despesas dos governos.

Compartilhe:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.