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Inflação dos EUA cai 0,1% e reforça aposta em alta menor de juros; dólar cai

Moeda perde força após sinal de que a maior economia do mundo começa a esfriar

Foto: Shutterstock/Morrowind

A inflação ao consumidor dos Estados Unidos recuou 0,1% em dezembro, em um cenário um pouco melhor do que a estabilidade esperada pelo mercado, dando sinais de que a maior economia do mundo começa a esfriar.

O dado desanimou os índices futuros americanos, que reduziram a alta após a divulgação, mas por outro lado reforçou as expectativas dos investidores de que o Federal Reserve poderá desacelerar o ritmo de alta dos juros daqui para a frente.

No Brasil, o dólar futuro, que estava quase estável antes da divulgação, passou a cair com força – por volta das 11h, a divisa recuava 0,75%, negociada a US$ 5,14, segundo dados da plataforma TradeMap.

O CPI (índice de preços ao consumidor) foi divulgado nesta quinta (12) pela secretaria de estatísticas trabalhistas (BLS), e mostrou que o núcleo de inflação (que considera somente os itens de preços menos voláteis, excluindo energia e alimentos) avançou 0,3%, em linha com a expectativa de analistas.

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Na comparação anual, a alta foi de 6,5%, também em linha com a expectativa da mediana dos investidores, o menor aumento na comparação em 12 meses desde outubro de 2021.

Segundo a secretaria, a maior contribuição para a queda do índice veio da gasolina, que mais que compensou os aumentos em habitação – os preços de energia tombaram 4,5% na comparação com novembro. O índice de alimentos cresceu 0,3%,

Aposta em alta de 0,25 nos juros ganha força

Após a divulgação, os índices futuros americanos, que estavam em alta de cerca de 0,20% antes do dado, passaram a cair. Por volta das 11h, o Dow Jones subia 0,05%, o S&P 500 caía 0,01% e o Nasdaq estava em queda de 0,16%.

Por outro lado, as apostas na redução de ritmo de aumento de juros pelo Federal Reserve, o banco central americano, aumentaram. Atualmente, a taxa está entre 4,25% a 4,50% ao ano. Antes da divulgação, 75,3% dos investidores acreditavam em uma alta de 0,25 ponto percentual no encontro de fevereiro, percentual que se elevou a 87,2%.

A maior parte dos investidores continua apostando em mais duas altas de 25 pontos, o que levaria o Fed a encerrar o ciclo atual em março, com a taxa entre 4,75% e 5% ao ano.

Apesar disso, o mercado ainda acredita que o BC americano conseguirá iniciar o corte nos juros americanos em novembro, diferentemente do discurso do Fed, cujos membros apontam que a taxa deve permanecer alta por mais tempo.

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