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Fed desacelera ritmo de alta de juros e eleva taxa básica em 0,25 ponto

BC dos EUA destaca que política monetária precisa ficar em terreno restritivo para inflação voltar à meta

Foto: Shutterstock/Pla2na

Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, diminuiu o ritmo de alta de juros do país, ao mesmo tempo em que destacou que os aumentos em curso são necessários para manter a política monetária em terreno restritivo para trazer a inflação de volta para a meta.

O Fomc, o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed, aumentou os juros americanos em 0,25 ponto percentual (p.p.), para o intervalo entre 4,,50% e 4,75%. A elevação foi menos intensa que a decisão de dezembro, quando a taxa subiu 0,50 p.p.

O Fomc destacou que “os aumentos em curso são adequados para manter uma política monetária restritiva para trazer a inflação de volta para a meta de 2%”, como disse a autoridade em seu comunicado, repetindo a linguagem que usou em comunicações anteriores.

Lá fora, o índice S&P se manteve em terreno negativo e caía 0,33% às 16h22, enquanto o Nasdaq zerou a queda e subia 0,11%. O dólar se manteve em queda e recuava 0,27% frente a uma cesta com as principais moedas.

Em dezembro, a autoridade monetária informou que esperava uma alta da taxa básica de juros para 5,1% no fim deste ano.

Esse é o patamar mais alto da taxa de juros desde 2007, antes da crise no setor imobiliário, e significa que o Fed estaria promovendo neste ano o maior aperto de juros desde 1980.

gráfico alta de juros Fed

A decisão de hoje veio em linha com o esperado pelo mercado. Para fevereiro, quando será anunciada a próxima decisão do Fed, as taxas de juros futuros refletem 98,7% de chance de uma alta final de 0,25 ponto e 1,3% de probabilidade de uma alta de 0,50 ponto.

Os dados mais fracos da inflação e a expectativa de desaceleração da economia sustentam as apostas de que o ciclo de aperto monetário nos EUA está próximo do fim.

O índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), a medida de inflação preferida do Fed, desacelerou para 4,4% em 12 meses em dezembro, de 4,7% do dado anterior.

Em dezembro, o Fed aumentou a projeção para inflação para 2023 de 2,8% para 3,1%, acima do centro da meta, que é de 2%.

O presidente do banco central americano, Jerome Powell, concede entrevista coletiva para detalhar a decisão e as projeções.

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