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Mercado cripto ignora crise da Binance e Bitcoin se aproxima de US$ 18 mil – entenda

Investidores dão mais ênfase a dados da inflação americana abaixo do esperado

Foto: Shutterstock/Julia Tsokur

O mercado cripto ignora a crise da Binance nesta terça-feira (13) e dá mais ênfase aos dados da inflação americana melhores do que o esperado. O movimento faz o Bitcoin subir e se aproximar de US$ 18 mil, patamar visto pela última vez há um mês.

A Binance, maior corretora do mercado cripto, liberou os investidores a sacarem USDC Coins (USDC) após bloquear os acessos no início desta manhã. Segundo a empresa, os saques haviam sido suspensos para uma troca de tokens envolvendo a stablecoin.

O bloqueio aos saques ocorreu em meio uma a corrida dos investidores para tirar recursos da corretora, após relatórios indicarem um quadro de possível insolvência. O roteiro se assemelha ao visto no início de novembro envolvendo a FTX. A empresa também foi alvo de uma onda de saques e dias depois entrou com um pedido de falência na Justiça americana, deixando prejuízos bilionários.

“No USDC, vimos um aumento nas retiradas. No entanto, o canal para trocar de PAX/BUSD para USDC requer passar por um banco em NY em USD. Os bancos não abrem por mais algumas horas. Esperamos que a situação seja restabelecida quando os bancos abrirem”, informou o CEO da Binance, Changpeng Zhao, mais conhecido como CZ.

Criptos sobem com inflação abaixo do esperado

A crise de desconfiança em relação à Binance foi incapaz de impedir a valorização das principais criptos nesta terça. Os investidores passaram reto pelos problemas da corretora e deram mais ênfase aos dados da inflação americana abaixo do esperado.

Por volta das 15h25, o Bitcoin valorizava 3,1%, negociado a US$ 17.580, conforme dados disponíveis na plataforma TradeMap. Esta é a melhor cotação para a criptomoeda em um mês. Na mesma hora o Ethereum (ETH) subia 4,6%, a US$ 1.309.

O CPI (índice de preços ao consumidor) dos Estados Unidos subiu 0,1% em novembro, desacelerando em relação à alta de 0,4% em outubro, segundo dados informados pela secretaria de estatísticas trabalhistas americana (BLS). O mercado acreditava em um avanço de 0,2% a 0,3%.

Os dados positivos dão novo fôlego à expectativa de que o Fed (o banco central americano) vai diminuir a alta dos juros a partir desta quarta-feira (14). A previsão dos analistas é de um aumento de 0,50 ponto porcentual após sucessivos aumentos de 0,75 pp.

Saiba mais:
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Juros menos pressionados beneficiam os mercados de risco, como Bolsas e criptoativos, por tirar parte da atratividade de opções de renda fixa.

“O Bitcoin estendeu seu rali depois que um importante relatório de preços mostrou que a tendência de desinflação continua. Os juros de títulos do Tesouro caíram junto com o dólar, o que é uma ótima notícia para as criptomoedas”, afirma Ed Moya, analista de mercado sênior da Oanda.

Além dos dados da inflação, investidores também reagem positivamente à prisão de Sam Bankman-Fried, ex-CEO da FTX, nas Bahamas, após pedido expedido pela Justiça americana.

A expectativa é que SBF seja transferido aos Estados Unidos para enfrentar uma série de acusações de fraude envolvendo as suas empresas.

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