O nível de desemprego no Brasil recuou para 13,1% em julho, ante taxa de 13,7% em junho, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 5, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A taxa equivale a 13,4 milhões de desocupados no período em análise.
A análise é realizada com base em dados mensais estimados pelo Ipea a partir dos resultados trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a entidade, o número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego porque não tem esperanças de que irão encontrar) chegou a 5,2 milhões de pessoas em julho, o menor patamar desde março de 2020 e uma retração de 10,1% em relação a julho do ano passado. Em comparação a junho de 2021, a queda foi de 5,4%.
Enquanto isso, a população ocupada atingiu 90,2 milhões em julho, o que representa um avanço de 12% no comparativo anual e de 1,2%, no mensal – com ajuste sazonal.
O Ipea aponta que, no mês, a população economicamente ativa (PEA) era de 103,6 milhões de pessoas, crescimento de 10% frente à leitura observada no mesmo intervalo de 2020, de 94,2 milhões.
Em julho, apesar do aumento da ocupação nos segmentos informais – com crescimento interanual de 22,7% dos empregados sem carteira no setor privado e de 20,3% dos trabalhadores por conta própria –, a alta de 8,3% da população ocupada com carteira no setor privado mostra uma recuperação também do emprego formal.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, o número de trabalhadores formais chegou a 41,6 milhões em agosto. No mês, foram geradas 372 mil vagas formais.