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Serviços aceleram e crescem 0,7% em junho, acima do esperado

Das cinco atividades investigadas pela pesquisa do IBGE, quatro tiveram crescimento, com destaque para transportes

Foto: Shutterstock

O setor de serviços, que tem o maior peso no PIB (Produto Interno Bruto), cresceu 0,7% em junho na comparação com maio, mostrando aceleração em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (11). Em maio, os serviços avançaram 0,4%, segundo dado revisado para baixo pelo órgão.

O dado veio acima do esperado pelo mercado – analistas ouvidos pela Reuters esperavam, em média, um crescimento de 0,5%.

De acordo com o levantamento, o setor já está 7,5% acima do patamar registrado em fevereiro de 2020, no pré-pandemia. Na comparação com o mesmo mês de 2021, o crescimento foi de 6,3%, e quando se considera o acumulado do primeiro semestre, o avanço foi de 8,8%.

Das cinco atividades investigadas pela pesquisa, quatro tiveram crescimento, com destaque para o setor de transportes, que subiu 0,6% e teve o maior peso no resultado.

“Neste mês, a maior influência positiva veio do setor de transportes, com destaque para o transporte dutoviário, transporte rodoviário de cargas e transporte coletivo de passageiros”, disse Luiz Almeida, analista da pesquisa, em material de divulgação do IBGE.

O segmento transportes foi beneficiado pelo aumento do transporte de cargas, que por sua vez foi impulsionado pelo aumento das vendas online.

Já os serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 0,7% com o aumento de atividades relacionadas à organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções, além de atividades ligadas a arquitetura e engenharia, além de vigilância e segurança privada.

“O setor obteve a segunda taxa positiva seguida, acumulando um ganho de 1,8% nos dois últimos meses. Este crescimento leva o setor à um patamar 7,1% acima do patamar pré-pandemia, operando acima deste nível desde dezembro de 2021”, destacou o analista.

Já a atividade outros serviços subiu 0,8%, com destaque para corretoras de títulos e valores mobiliários e administração de fundos por contrato ou comissão, e os serviços prestados às famílias tiveram alta de 0,6%, com destaque para os serviços de artes cênicas e espetáculos e gestão de instalações esportivas.

“Apesar de ainda ser o único setor abaixo do patamar pré-pandemia, vem mostrando trajetória de crescimento e se aproximando cada vez mais da recuperação. O ponto mais baixo foi em abril de 2020. Esta já é a quarta taxa positiva seguida, acumulando 9,3% de alta após uma queda acumulada de de 1,1% nos dois primeiros meses do ano”, disse Almeida.

Comunicação em queda

De acordo com o IBGE, o único segmento que registrou queda foi informação e comunicação, com recuo de 0,2% puxado por portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação.

“O setor de tecnologia da informação, nesse mês, teve uma pequena queda, mas ao longo dos últimos meses vem mostrando recordes de patamar, tendo atingido seu nível mais alto em maio de 2022”, disse o analista do órgão.

Ontem, o IBGE divulgou uma queda acima do esperado por analistas, de 1,4%, para o comércio no período.

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