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Recuperação do mercado de trabalho deve continuar, mas será lenta, diz FGV

Recuperação do mercado de trabalho tem gerado preocupação entre investidores, que temem aumento da pressão inflacionária e dos juros

Foto: Shutterstock

A recuperação do mercado de trabalho, que tem aumentado a preocupação dos investidores com a permanência da inflação alta e dos juros elevados, deve continuar nos próximos meses, mas em ritmo lento, segundo um indicador divulgado pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

O IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego), cujo objetivo é prever os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 1,4 ponto em maio, para 80,9 pontos – o maior nível desde dezembro do ano passado (81,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, a alta foi de 2,0 pontos, para 78,5 pontos.

“A segunda alta consecutiva do IAEmp sugere um cenário mais favorável para o mercado de trabalho na virada para o segundo trimestre”, disse Rodolpho Tobler, economista da FGV.

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“A melhora do quadro sanitário, após o surto do início do ano e um certo aquecimento da atividade econômica parecem contribuir para a melhora do indicador”, afirmou.

Ele ressaltou que, apesar da sinalização positiva para as contratações nos próximos meses, o IAEmp continua “em patamar baixo e com perspectivas de recuperação lenta”.

Investidores preocupados

Dados indicando que o Brasil está criando mais empregos, que em outros momentos seriam motivo para comemoração no mercado financeiro, tiveram o efeito contrário na Bolsa recentemente.

O raciocínio dos investidores é que, com mais pessoas trabalhando, a massa de consumo também será maior, o que contribuirá para manter os preços altos por mais tempo.

Isso, em contrapartida, pode levar o Banco Central a manter os juros altos por um período maior que o previsto, para compensar a pressão inflacionária vinda do aumento no consumo.

Juros mais altos inibem os gastos da população ao encarecer o crédito e ao aumentar a remuneração de quem poupa. Contudo, nesse processo, empresas que dependem de consumo, ou de dinheiro para crescer, acabam se prejudicando.

Na segunda-feira (6), quando foram divulgados dados mostrando uma criação de vagas maior que a esperada pelo Brasil em abril, as maiores quedas do pregão foram de companhias que se enquadram nesta situação: Hapvida (HAPV3), Positivo (POSI3) e Méliuz (CASH3), que caíram 6,15%, 6,13% e 6,11%, respectivamente.

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