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Para UBS, Brasil está melhor posicionado que outros países para enfrentar a Ômicron

Banco avalia que pico de casos será em fevereiro; seis estados e o DF têm ocupação de mais de 80% em UTIs

O Brasil está melhor posicionado para enfrentar a variante Ômicron do coronavírus, e o forte crescimento nas infecções deve alcançar o pico em meados de fevereiro. O PIB (Produto Interno Bruto) não deve ser impactado por esse cenário. A avaliação é do banco de investimentos UBS, que soltou relatório sobre o tema nesta quinta-feira (27).

Para a instituição financeira, três fatores dão vantagem à economia brasileira em relação ao rápido espalhamento da nova cepa: o fato de a doença ter atingindo um grande número de brasileiros, o fato de o programa de vacinação ter começado com atraso, o que confere uma imunidade mais recente, e a elevada adesão à imunização.

“Atualmente, cerca de 95% dos brasileiros acima de 12 anos receberam uma dose da vacina, e a vacinação completa atingiu 85% desse público. Até a dose de reforço está crescendo rapidamente, com 25% dos brasileiros acima de 12 anos já imunizados”.

O banco de investimentos ainda reforçou a menor letalidade da Ômicron, e afirmou que não alterará sua projeção para alta do PIB em 2022, de 0,6%, por causa do avanço da variante.

“Olhando para outros países como exemplo, o Brasil provavelmente não verá um impacto significativo no PIB, e enquanto a Ômicron atualmente está num pico de espalhamento, o que esperamos que vá crescer ainda mais, não vemos um impacto significativo na mobilidade”.

80% de leitos de UTI ocupados

Apesar dessa avaliação, analistas continuam de olho no rápido avanço da pandemia no país, ao mesmo tempo em que vem subindo o percentual de leitos de UTI ocupados por casos da doença.

Ontem (26), o Brasil registrou 570 mortes por Covid-19, somando 624.413 óbitos desde o início da pandemia, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários da Saúde. A média móvel de mortes pela doença nos últimos sete dias chegou a 365 e está no maior nível desde 21 de outubro do ano passado.

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Fonte: Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conasems)

Ao mesmo tempo, um boletim de acompanhamento da pandemia divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostra que, entre os dias 17 e 24 de janeiro, a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid no SUS (Sistema Único de Saúde) está em um patamar crítico em seis estados e no Distrito Federal.

Mato Grosso do Sul, Goiás, Espírito Santo, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e DF já apresentam 80% das vagas ocupadas.

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