Os economistas do mercado financeiro subiram pela 25ª vez consecutiva a projeção para a inflação oficial do Brasil de 2021, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passando de 8,35% para 8,45% – o que representa um avanço de 0,10 ponto percentual na comparação semanal.
Para o próximo ano, os analistas também elevaram a expectativa do IPCA em 0,02 ponto percentual, de 4,10% para 4,12%, sendo a 10ª alta seguida.
Os dados constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo Banco Central e que traz as previsões do mercado para os principais indicadores econômicos do país.
Vale pontuar que a meta de inflação de 2021, imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a ser perseguida pelo BC é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para o próximo ano, a meta é de 3,50%.
Dessa forma, a meta deste ano será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%.

PIB
A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 foi mantida em 5,04%. Para 2022, o mercado reduziu a expectativa de alta, saindo de 1,63% para 1,57%, sendo a 4ª queda seguida.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve, sobretudo, para medir a evolução da economia.
Selic
Quanto à taxa básica de juros, a Selic, os analistas mantiveram as projeções de 2021 e de 2022, em 8,25% e 8,50% ao ano, respectivamente.
Na última quarta-feira, 22, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa em 1 ponto percentual, para 6,25% ao ano. Desde março, a autarquia vem aumentando a Selic como forma de combater a alta da inflação.
Câmbio
Em relação ao câmbio, os analistas mantiveram a previsão de R$ 5,20 para este ano. Já para 2022, o mercado subiu a estimativa do dólar, passando de R$ 5,23 para R$ 5,24.