As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) elevaram a previsão para a inflação em 2021 e em 2022 e voltaram a revisar para cima a expectativa de alta de preços para 2023 depois de sete semanas de estabilidade nas projeções para aquele ano, segundo a edição mais recente do boletim Focus divulgada nesta terça-feira, 16.
Segundo o documento, a previsão para a inflação em 2021 subiu de 9,33% para 9,77%, registrando a 32ª alta consecutiva e se distanciando ainda mais do teto da meta, de 5,25%. A estimativa para 2022 aumentou pela 17ª vez seguida, de 4,63% para 4,79%, mas ainda está abaixo do limite de 5,0% previsto para aquele ano. Para 2023, a projeção passou de 3,27% para 3,32%, e agora roda acima do centro da meta de inflação do período, de 3,25%.
O rebalanceamento das projeções de inflação teve efeito também sobre as expectativas do mercado para a taxa básica de juros, a Selic, no longo prazo. Embora a taxa projetada pelas instituições financeiras para o encerramento de em 2021 e 2022 tenha permanecido em 9,25% e 11,00%, respectivamente, a previsão para a Selic em 2023 subiu pela quarta semana seguida, a 7,75%, sugerindo que o mercado agora espera uma reversão mais lenta do ciclo de aperto monetário que está em andamento.
Previsão para o PIB segue caindo
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central continuaram reduzindo as previsões para o ritmo de crescimento da economia brasileira. A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caiu de 4,93% para 4,88% – quinta redução seguida -, enquanto a projeção para 2022 passou de 1,00% para 0,93%, recuando pela sexta semana consecutiva.
