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Juros e endividamento devem segurar IBC-Br nos próximos meses, apontam economistas

Indicador apelidado de "prévia do PIB" recuou em outubro, em vez de subir como o mercado esperava

Foto: Shutterstock/rafastockbr

Apesar da provável ampliação adicional de benefícios sociais em 2023, os juros em um patamar elevado e o endividamento recorde dos brasileiros devem continuar refreando o consumo, e estão entre os principais fatores que irão segurar o desempenho do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) nos próximos meses, na avaliação de economistas.

Isso já aconteceu em outubro, com o indicador apelidado de “prévia do PIB” recuando 0,05%, em vez de subir como o esperado por analistas de mercado. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (14) pelo Banco Central, que ainda revisou para baixo o índice de setembro.

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A queda do indicador reflete o tombo do setor de serviços no mês. Dados do IBGE mostram que o setor, que tem o maior peso no PIB, recuou 0,6% em outubro após cinco altas seguidas.

Em relatório, o banco Goldman Sachs apontou que ainda espera alguma recuperação no segmento de serviços às famílias, que provavelmente será beneficiado por estímulos fiscais adicionais (a PEC da Transição em tramitação no Congresso prevê o pagamento de R$ 150 por criança às famílias que recebem o Bolsa Família).

O banco destacou, contudo, que a perda de força do efeito de reabertura da economia, a política monetária mais restritiva e o nível elevado de endividamento das famílias pode contrabalancear esse efeito.

Para a equipe de economia do Bank of America, o dado de outubro mostrou que a atividade medida pelo índice vem esfriando de forma suave. O banco apontou em relatório que a melhoria no pós-pandemia das cadeias globais de fornecimento podem evitar uma perda de ritmo maior à frente.

“Os indicadores de confiança estão mostrando um cenário mais negativo para a economia brasileira, com todos os índices mostrando queda em novembro, incluindo a confiança de serviços e varejo”, apontou o banco.

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