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IGP-M recua 0,56% em novembro, deflação maior que a esperada

Perda de fôlego do índice em relação a outubro foi puxada pela inflação ao consumidor, que acelerou neste mês

Foto: Shutterstock/rafastockbr

O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) caiu 0,56% em novembro, o quarto mês seguido de deflação e uma queda maior que a esperada pelo mercado, que apostava em recuo de 0,38% no mês, segundo analistas ouvidos pela Reuters.

A perda de fôlego do índice na comparação com outubro (queda de 0,97%) foi puxada pela inflação aos consumidores, que acelerou neste mês, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (29) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Com este resultado, o índice acumula alta de 4,98% no ano e de 5,90% em 12 meses. Em novembro de 2021, o índice ficou praticamente estável, com alta de 0,02%, e acumulava alta de 17,89% em 12 meses.

O indicador é formado por três índices: o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção).

Puxado pela desaceleração da economia global e juros elevados, o IPA teve queda de 0,94% em novembro, contra retração de 1,44% em outubro. Neste segmento, a soja foi o principal destaque ao registrar alta de 1,25%, ante queda de 0,66% no mês anterior.

“A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -1,04% para 0,01%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,12% em novembro, após queda de 0,24% no mês anterior”, informou a FGV.

Ainda neste segmento, a taxa do grupo Bens Intermediários caiu 0,11%, ante perda de 2,17% em outubro. O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 2,86%, acelerando o recuo de 1,96% no mês anterior.

O IPC registrou alta de 0,64% neste mês, contra avanço de 0,5% em outubro. Segundo a FGV, cinco das oito categorias do setor tiveram alta, com maior contribuição do grupo de transportes, que passou de queda de 0,96% em outubro para crescimento de 0,79% neste mês.

O INCC teve avanço de 0,14% em novembro contra alta de 0,04% em outubro. Dois dos três componentes do grupo tiveram alta, com destaque para o avanço de 0,53% da Mão de Obra ante crescimento de 0,31% no mês passado.

Afinal, o que mede o IGP-M?

O IGP-M é usado como indexador em muitos contratos de aluguel, energia elétrica, mensalidades, alguns tipos de seguros e alguns planos de saúde. Ele é formado por três índices de preços:

  • O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) mede a variação de preços dos bens por estágios de processamento (bens finais, bens intermediários e matérias-primas brutas) e por origem (produtos agropecuários e produtos industriais). Responde por 60% do IGP-M.
  • O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que é o termômetro dos preços ao consumidor em oito categorias (alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, transportes, despesas diversas e comunicação). Responde por 30% do IGP-M.
  • INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), formado por materiais, equipamentos e serviços e mão de obra. Responde por 10% do IGP-M.

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