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IGP-M em 12 meses já supera 15%; veja itens que mais subiram em abril

Pesquisa da CNI revela que 95% dos brasileiros já sentiram aumento dos preços

Foto: Shutterstock

A guerra entre Rússia e Ucrânia e os novos lockdowns na China voltaram a impulsionar o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), que subiu 1,85% na segunda prévia de abril. No mesmo período do mês passado, o avanço havia sido significativo, mas menor (alta de 0,90%).

Em 12 meses, o indicador já mostra um aumento de 15,16%. De acordo com a FGV (Fundação Getulio Vargas), a alta do índice, que costuma ser usado para reajustar contratos de aluguel e energia, foi puxada pelo aumento nos combustíveis e alimentos.

A disparada dos preços reforça a pressão para que o Banco Central eleve os juros mais do que o previsto anteriormente. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, já afirmou que a autoridade monetária está reavaliando o cenário para inflação, o que reduziu a possibilidade de o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) encerrar a alta de juros na reunião de maio, colocando a taxa em 12,75% ao ano.

Tomate e botijão

O IGP-M é formado por três índices diferentes: o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), com alta de 1,95% na segunda prévia, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que avançou 1,67%, e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), com aumento de 1,36%.

Veja abaixo os itens com maior impacto na alta da segunda prévia de abril:

Índice de Preços ao Produtor

  • Óleo Diesel: 14,70%
  • Adubos ou fertilizantes: 15,72%
  • Gasolina automotiva: 11,29%

Índice de Preços ao Consumidor

  • Gasolina: 8,32%
  • Tomate: 21,23%
  • Gás de botijão: 7,47%

Índice de Custo da Construção

  • Vergalhões e arames de aço: 3,89%
  • Ajudante especializado: 1,27%
  • Massa de concreto: 4,07%

Impacto generalizado

Uma pesquisa feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostrou que o impacto da alta de preços nos últimos seis meses foi sentido por 95% da população brasileira, um percentual bem maior do que o registrado em novembro de 2021 (na ocasião, 73% afirmaram ter percebido o efeito da inflação).

O levantamento, divulgado nesta quarta (20), foi encomendado pela entidade ao Instituto FSB Pesquisa, e entrevistou 2.015 pessoas entre 1º e 5 de abril.

“A guerra travada na Ucrânia trouxe mais incertezas para a economia global, o que impulsiona a inflação e desperta o temor de retrocesso da economia em todo o mundo”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, no material de divulgação da pesquisa.

Entre os entrevistados, 76% afirmam que sua situação financeira foi prejudicada pela disparada dos preços, com destaque para pessoas sem escolaridade, com renda de até um salário-mínimo, e os moradores do Nordeste.

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