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IGP-M desacelera ritmo de alta e sobe 0,21% em janeiro, aponta FGV

Indicador que mede os preços ao produtor, que tem o maior peso no índice, continua perdendo ritmo

Foto: Shutterstock/rafastockbr

O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) desacelerou o ritmo de alta e subiu 0,21% em janeiro, após alta de 0,45% em dezembro, de acordo com dados divulgados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta segunda-feira (30). O número veio pouco abaixo do esperado pelo mercado, que acreditava em um avanço de 0,23%.

De acordo com o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, o indicador que mede os preços ao produtor (IPA) continua arrefecendo: ficou positivo em 0,10% em janeiro, após alta de 0,47% em dezembro.

“Entre os índices componentes do IGP-M, o índice ao produtor segue registrando arrefecimento das pressões inflacionárias. O preço das matérias-primas brutas desacelerou de 2,09% para 1,55% e, entre os bens intermediários, cuja taxa passou de -0,30% para -1,06%, a queda foi intensificada diante do comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cujos preços recuaram ainda mais, passando de -2,26% para -5,05%”, apontou o especialista no material de divulgação da FGV.

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Já o índice que mede os preços ao consumidor (IPC) acelerou em relação a dezembro, passando de 0,44% para 0,61% em dezembro. De acordo com Braz, essa alta aconteceu por causa do reajuste das mensalidades de escolas e cursos, cujos preços subiram em média 4,55%.

O IPC mostrou alta em cinco das oito classes de despesa pesquisadas. “A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (-0,26% para 2,04%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou de 0,00% em dezembro para 4,55% em janeiro”, apontou a FGV.

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), terceiro indicador que compõe o IGP-M, teve alta de 0,32% em janeiro, após subir 0,27% em dezembro.

“Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (0,37% para -0,26%), Serviços (0,43% para 0,53%) e Mão de Obra (0,16% para 0,77%)”, afirmou a FGV.

Afinal, o que mede o IGP-M?

O IGP-M é usado como indexador em muitos contratos de aluguel, energia elétrica, mensalidades, alguns tipos de seguros e alguns planos de saúde. Ele é formado por três índices de preços:

  • O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) mede a variação de preços dos bens por estágios de processamento (bens finais, bens intermediários e matérias-primas brutas) e por origem (produtos agropecuários e produtos industriais). Responde por 60% do IGP-M.
  • O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que é o termômetro dos preços ao consumidor em oito categorias (alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, transportes, despesas diversas e comunicação). Responde por 30% do IGP-M.
  • INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), formado por materiais, equipamentos e serviços e mão de obra. Responde por 10% do IGP-M.

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