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IGP-M de agosto tem queda de 0,70%, deflação bem maior que a esperada pelo mercado

Índice, que é usado nos reajustes de contratos de aluguel e outros serviços, acumula alta de 8,56% em 12 meses

Foto: Shutterstock

Em um cenário de redução do ICMS e corte nos preços dos combustíveis pela Petrobras, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) mostrou queda de 0,70% em julho, bem acima do esperado pelo mercado. Analistas ouvidos pela Reuters esperavam de uma deflação de 0,54% no índice.

O resultado representa uma forte desaceleração em relação a julho, quando o indicador subiu 0,21%. No ano, o índice, que é usado nos reajustes de contratos de aluguel e outros serviços, acumula alta de 7,63%; em 12 meses, o aumento é de 8,56%.

“Os combustíveis fósseis – dada a redução do ICMS e dos preços na refinaria – seguem exercendo expressiva influência sobre os resultados do IPA [Índice de Preços ao Produtor Amplo] e do IPC [Índice de Preços ao Consumidor], ambos com taxa negativa em agosto”, apontou o coordenador dos índices de preços da FGV, André  Braz.

De acordo com o especialista, no caso dos preços ao consumidor foram as passagens aéreas e o etanol que mais contribuíram para a queda do índice. “Já no âmbito do consumidor, passagens aéreas (de -5,20% para -17,32%) e etanol (de -9,41% para -9,90%) também contribuíram para o arrefecimento da inflação.”

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Afinal, o que mede o IGP-M?

O IGP-M é usado como indexador em muitos contratos de aluguel, energia elétrica, mensalidades, alguns tipos de seguros e alguns planos de saúde. Ele é formado por três índices de preços:

  • O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) mede a variação de preços dos bens por estágios de processamento (bens finais, bens intermediários e matérias-primas brutas) e por origem (produtos agropecuários e produtos industriais). Responde por 60% do IGP-M.
  • O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que é o termômetro dos preços ao consumidor em oito categorias (alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, transportes, despesas diversas e comunicação). Responde por 30% do IGP-M.
  • INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), formado por materiais, equipamentos e serviços e mão de obra. Responde por 10% do IGP-M.

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