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FMI vê economia do Brasil estagnada em 2022, com o pior desempenho entre principais países

De acordo com a nova projeção da instituição para o PIB do Brasil, haverá uma ligeira expansão de 0,3% neste ano

Para FMI, juros e inflação em alta devem afetar a demanda pelo consumo em 2022. Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil

Em relatório publicado nesta terça-feira (25), o Fundo Monetário Internacional (FMI) mostrou que vê a economia brasileira praticamente estagnada em 2022. De acordo com a nova projeção da instituição para o PIB do Brasil, haverá uma ligeira expansão de 0,3% neste ano. 

Isso significa que o FMI está mais pessimista com o Brasil. A previsão anterior, divulgada em outubro, era de crescimento de 1,5%, que já havia sido uma revisão para baixo em relação à estimativa publicada em julho, de 2,6%. 

De acordo com o FMI, a projeção para o Brasil foi revisada principalmente por causa da aceleração da inflação e do aumento da taxa de juros para combater a alta dos preços, que afetam a demanda doméstica. A previsão para 2023 também foi revisada para baixo, de expansão de 2% para 1,6%. 

Em 2020, durante a pandemia, a Selic chegou a cair para 2% ao ano, no menor nível da história, em um esforço do Banco Central (BC) para minimizar os estragos causados à economia pela crise de saúde. Desde o início desse ano, porém, a autoridade monetária tem elevado novamente a taxa, que já está em 9,25% e deve continuar subindo em 2022. 

Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do BC que colhe as estimativas de analistas do mercado, a Selic deve chegar a 11,75% ao fim de 2022. É o que aponta a mediana das projeções. 

A projeção do Focus para o PIB, aliás, agora está bem próxima da do FMI. Segundo os economistas consultados pelo BC, a economia brasileira deve ter uma expansão de apenas 0,29% em 2022. 

Entre os principais países que fazem parte do relatório do FMI, o Brasil é o que terá o pior desempenho econômico em 2022. À frente da economia brasileira, por exemplo, estão a África do Sul, com avanço esperado de 1,9%;  o México, com 2,8%; os Estados Unidos, com 4%; a China, com 4,8%; e a Índia, com 9%. 

O crescimento brasileiro também ficará abaixo da média mundial, que o FMI calcula em avanço de 4,4% em 2022. Na região da América Latina e do Caribe, a alta esperada é de 2,4%. Entre economias emergentes, de 4,8%. Na zona do euro, de 3,9%. 

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