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Boletim Focus: com pressão de commodities, analistas já esperam inflação de 5,15% no final do ano

Especialistas ouvidos na pesquisa ainda revisaram para baixo as projeções para a alta do PIB de 2023

Os analistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central no Boletim Focus voltaram a subir as apostas para a inflação em 2022. De acordo com dados divulgados nesta segunda (24), as projeções são de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechará o ano em 5,15%.

Há uma semana, a expectativa era que o índice oficial de inflação subiria 5,09%, já acima do teto da meta para o ano, de 3,5% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A disparada nos preços de commodities como minério de ferro, soja e milho vem puxando os preços em janeiro, o que já se refletiu na segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado) divulgada na semana passada.

As projeções da mediana dos especialistas para alta do PIB (Produto Interno Bruto), câmbio e taxa básica de juros no final de 2022 foram mantidas em 0,29%, R$ 5,60 e 11,75%, respectivamente.

2023

Os analistas revisaram para baixo as projeções para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023 para 1,69% (na semana passada, a expansão prevista era de 1,75%.

As apostas para o câmbio no final do ano que vem também mudaram: agora, a expectativa é que o dólar encerre em R$ 5,50 (a projeção anterior era de R$ 5,46).

A mediana das expectativas para inflação e taxa de juros básica se manteve em 3,40% e 8%, respectivamente.

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

 

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